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NELSINHO TRAD

Senador cobra responsabilidade após mortes de jovens de MS no show de Taylor Swift

Dois Fãs, de 23 e 25 anos, morreram durante e após o show da estrela norte-americana no Rio de Janeiro

Por TERO QUEIROZ • 20/11/2023 • 23:00
Imagem principal Senador Nelsinho Trad diz que cobrará dura apuração de responsáveis pela morte de dois sul-mato-grossenses no show da estrela norte-americana Taylor Swift.

Em pronunciamento no Senado Federal nesta 2ª feira (20.nov.23), o senador Nelsinho Trad disse que falhas organizacionais no show da cantora norte-americana Taylor Swift, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ), realizado na 6ª feira (17.nov.23) estariam relacionadas à morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, que era estudante de psicologia e fã de Taylor. Além disso, segundo Nelsinho, questões de segurança no Rio de Janeiro estariam também relacionadas a morte do sul-mato-grossense Gabriel Mongenot Santana Milhomem, de 25 anos, outro fã de Taylor, morto próximo a saída do show. 

"Infelizmente, a jovem Ana Clara Benevides teve sua vida ceifada e seus sonhos interrompidos por uma conjunção de fatores que poderiam ter sido evitados. Ana Clara Benevides morreu porque a organização do evento falhou", declarou o parlamentar de MS na tribuna, destacando a responsabilidade da Time 4 Fun diante das circunstâncias evitáveis que levaram à tragédia. "O Rio de Janeiro atingiu a temperatura de 42,5 graus Celsius no sábado, a maior temperatura do ano. No estádio em que houve o show, na sexta-feira, a sensação térmica chegou a incríveis 60 graus". O parlamentar acrescentou que "nesse contexto, uma série de medidas deveriam ter sido tomadas preventivamente".

Como mostramos aqui no TeatrineTV, Ana morreu na noite de 6ª.feira (17.nov.23) após passar mal devido ao calor no show. A jovem teve duas paradas cardiorrespiratórias no estádio que aglomerava mais de 60 mil pessoas.

O parlamentar também mencionou o latrocínio de Gabriel Mongenot em Copacabana, apelando às autoridades do Rio de Janeiro para que tomem medidas que evitem a repetição dessas situações e garantam que os responsáveis enfrentem a devida justiça.

Segundo as informações preliminares, Gabriel é de Campo Grande e viajou para o Rio de Janeiro para ver o show da cantora norte-americana Taylor Swift, apresentação prevista para o domingo (19.nov.23), no Engenhão, na Zona Norte da cidade. Ele, porém, acabou sendo abordado por suspeitos e esfaqueado na praia de Copacabana, distante de onde iria haver o show. 

Segundo a PM, dois agentes encontraram a vítima morta próxima ao espelho d’água, na altura da esquina da Avenida Atlântica com a Rua Figueiredo de Magalhães. Ao ser morto, Gabriel estava com as pulseiras de amizade que fãs de Taylor costumam usar e trocar entre si.

De acordo com parentes, antes do crime, a vítima estava hospedada na Barra da Tijuca, e foi com um grupo de amigos à Lapa. Depois, em um carro alugado, eles foram para Copacabana e desceram até a areia para mergulhar no mar à noite.

De acordo com Nelsinho, as autoridades e a empresa Time 4 Fun serão cobradas para prestar esclarecimentos sobre as falhas ocorridas no evento e espera-se que medidas eficazes sejam adotadas para garantir a segurança do público em futuros espetáculos.

SUSPEITOS DO LATROCÍNIO 

O crime aconteceu por volta das 3h da madrugada. Os ladrões levaram a chave de um veículo e dois telefones celulares. Dois dos suspeitos foram detidos após o crime por policiais militares.

Um deles, Alan Cavalcante, estava com o documento da audiência de custódia, realizada horas antes, no sábado (19.nov), que o liberou da cadeia por um crime de furto. Na delegacia, ele não foi reconhecido por testemunhas, e a polícia o liberou ao não encontrar indícios da participação dele no latrocínio.

O outro preso, Anderson Henriques Brandão, foi reconhecido e confessou participação no crime. Ele tem 14 anotações criminais.

Também foi preso, na Lapa, Jonathan Batista Barbosa, apontado por testemunhas como o autor das facadas.

Alan e Jonathan haviam sido presos na sexta pelo furto de 80 barras de chocolate das Lojas Americanas.

Ambos acabaram detidos, levados para a 12ª DP (Hilário de Gouveia), eles foram autuados em flagrante.

A audiência de custódia aconteceu por volta de 12h40 de sábado, em Benfica. Nela, a juíza Priscila Macuco Ferreira decidiu pela soltura da dupla, determinando que eles não se ausentem do estado por mais de sete dias e não ingressem nas unidades da rede de lojas durante o curso do processo.

De acordo com as investigações, os três detidos praticam crimes no bairro de Copacabana há anos.


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