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LUTO NA MÚSICA

Portador da Bossa Nova para o mundo, Sérgio Mendes morre aos 83 anos

Ícone lançou 35 álbuns, foi indicado ao Oscar e faturou 1 Grammy e dois Grammys Latinos

Por TERO QUEIROZ • 06/09/2024 • 17:39
Imagem principal Morre o músico e compositor Sérgio Mendes aos 83 anos, nos EUA. Foto: Instagram

O músico carioca Sérgio Santos Mendes morreu aos 83 anos na 5ª.feira (5.set.24), em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde morava. 

A morte foi confirmada por sua família, que informou que ele 'faleceu em paz', cercado por sua esposa Gracinha Leporace e filhos. 

Apesar de não cravar a causa, a família disse que o artista estava sofrendo com um caso de Covid de longa duração, enfrentando problemas respiratórios desde o final de 2023.

Ele sagrou-se como um dos nomes mais respeitados da música, considerado o 'portador da Bossa Nova para o mundo'. Ao longo de 60 anos de carreira ele lançou 35 álbuns, foi indicado ao Oscar e faturou 1 Grammy e dois Grammys Latinos.  

TRAJETÓRIA

Bossa Rio Sextet no Carnegie Hall.Bossa Rio Sextet - Paulo Moura toca sax-alto (o primeiro da direita para esquerda) durante apresentação da banda Bossa Rio Sextet formada pelos músicos Pedro Paulo (trompete), Octávio Bailey (violoncelo), Sérgio Mendes (piano), Durval Ferreira (violão) e Dom Um Romão (bateria) no Carnegie Hall em Nova York.

Mendes nasceu em Niterói (RJ). Sua formação foi em música clássica e, ainda jovem, montou um grupo de jazz. Nos anos 60, com o surgimento da Bossa Nova, criou o "Bossa Rio Sextet", que rapidamente conquistou popularidade no Brasil. Ele gravou o LP "Você Ainda Não Ouviu Nada", com arranjos de Tom Jobim, e logo ganhou destaque internacional, realizando turnês pela Europa, Oriente Médio e Japão.

No Bottle's Bar, a primeira formação do Bossa Rio de Sergio Mendes, com Pedro Paulo (trompete), Octavio Bailly (contrabaixo), Dom Um Romão (bateria) e Paulo Moura (sax). Foto: Antônio NeryNo Bottle's Bar, a primeira formação do Bossa Rio de Sergio Mendes, com Pedro Paulo (trompete), Octavio Bailly (contrabaixo), Dom Um Romão (bateria) e Paulo Moura (sax). Foto: Antônio Nery

Em 1962, participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, ao lado de figuras como João Gilberto e Stan Getz. Após mudar-se para a Califórnia, produziu o aclamado álbum "Brasil 66" com Herb Alpert, e a faixa "Mas Que Nada", de Jorge Ben, se tornou um sucesso mundial, marcando o primeiro hit em português a entrar no top 5 da Billboard.

Sergio Mendes recebe o Grammy de Melhor Álbum de World Music por 'Brasileirinho', em 1993. Foto: AP Photo-Reed SaxonSergio Mendes se apresenta com o rapper Harrell 'H20' Harris durante o Festival Napa Valley, em 2016 Foto: AP Photo/Eric Risberg Sergio Mendes posa com parte da equipe do filme 'Rio' durante apresentação do longa no Rio de Janeiro, em 2011 Foto: AP Photo/Felipe Dana Sergio Mendes com a mulher, Gracinha Mendes, na premiação do Oscar, em 2015 Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

O carioca continuou sua carreira com turnês ao redor do mundo, incluindo apresentações na Casa Branca e colaborações com artistas como Gilberto Gil. Em 1993, recebeu um Grammy por "Brasileiro" e, em 2006, lançou "Timeless", com participações de The Black Eyed Peas, Stevie Wonder e Justin Timberlake.

RECONHECIMENTOS

Sua influência também se estendeu ao cinema; em 2011, atuou como produtor musical executivo da animação "Rio" e deu voz a um personagem do filme, trabalho que foi indicado ao Oscar em 2012. Em 2015, Mendes realizou uma turnê global e se apresentou no Rock in Rio para mais de 100 mil pessoas. No ano seguinte, colaborou na canção "Se Liga Ae" para a Olimpíada de 2016.

Recentemente, lançou o documentário "Sergio Mendes: In the Key of Joy", disponível no Prime Video.


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Tags: Gracinha Leporace, Sérgio Santos Mendes

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