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Aderbal Freire-Filho

Dramaturgo Aderbal Freire-Filho morre aos 82 anos

​Revisite a trajetória de um dos grandes artistas do teatro brasileiro; colegas de cena, diretores e políticos se despedem de Aderbal Freire-Filho

Por TERO QUEIROZ • 09/08/2023 • 21:32

O ator, diretor, apresentador de televisão e dramaturgo, Aderbal Freire Filho, morreu aos 82 anos, no final da tarde desta 4ª feira (9.ago.23), no Hospital Copa Star, no Bairro Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). A causa da morte Aderbal não foi informada.

Ele era mariado da atriz Marieta Severo desde o ano 2000. Aderbal tratava sequelas de um Acidente Vascular Cerebral desde 2020.

Entre as peças que escreveu, estão "Lampião, rei diabo do Brasil" (1991), "No verão de 1996", "Xambudo" (1998), "Isabel" (2000) e "Depois do filme" (2011). Aderbal dirigiu ao menos 51 espetáculos teatrais. Já como ator, esteve em mais de 100 espetáculos, nas quase 6 décadas de carreira.

(15/03/2011) - Dramaturgo Aderbal Freire-Filho atuou nos palcos, na TV e nas rádios. Foto: Edimar Soares
(15/03/2011) - Dramaturgo Aderbal Freire-Filho atuou nos palcos, na TV e nas rádios. Foto: Edimar Soares

INÍCIO DA CARREIRA

Aderbal foi um renomado dramaturgo de teatro brasileiro, nascido em 1941 em Fortaleza, Ceará. Formou-se em direito e mudou-se para o Rio de Janeiro e estreou como ator em 1970, na peça "Diário de Um Louco", de Nikolai Gogol, encenado dentro de um ônibus que percorreu as ruas da Capital carioca.

Ficou reconhecido por sua busca constante por novas formas de dramaturgia e uma abordagem que colocava o ator como agente central na comunicação e interpretação do texto teatral. E também era ávido defensor da integração do teatro brasileiro com o de outros países sul-americanos.

Sua primeira direção foi “O Cordão Umbilical”, de Mário Prata, em 1972. No ano seguinte, Aderbal fundo o Grêmio Dramático Brasileiro. O Grêmio, serviu como uma janela para Aderbal fazer suas montagens em um cenário único e mantê-las em cartaz em regime de repertório.

No mesmo ano em que fundou o Grêmio, Aderbal dirigiu "Apareceu a Margarida", monólogo com Marília Pêra, de autoria de Roberto Athayde, que foi um de seus primeiros sucessos profissionais.

Marília Pera, em "Apareceu a Margarida", de Roberto Athayde, marcante direção de Aderbal. Foto: Arquivo
Marília Pera, em "Apareceu a Margarida", de Roberto Athayde, marcante direção de Aderbal. Foto: Arquivo

A experiência inicial dentro do Grêmio foi com “Um Visitante do Alto e Manual de Sobrevivência na Selva”, também de Roberto Athayde. Depois, ele dirigiu “Pequeno Dicionário da Língua Feminina” e “Reveillon”, de Flávio Márcio, todas em 1974.

Em 1975, ele dirigiu “O Vôo dos Pássaros Selvagens”, de Aldomar Conrado. No ano seguinte, “Crimes Delicados”, de José Antônio de Souza. Na época, a crítica especializada notou que Aderbal começava a sofisticar o visual da sua linguagem, com poética própria, que pendia ao hermetismo.

BUSCA POR ESTÉTICA

Visão frontal, onde se nota a profundidade do “palco” e a sensação de infinito em direção à uma  fuga central. (Foto do acervo da FUNARTE).

Em 1977, Aderbal deu um grande passo em sua carreira ao montar “A Morte de Danton”, de Georg Büchner. A peça foi encenada num canteiro subterrâneo da construção do futuro metrô carioca. Na época, a peça não foi bem aceita pelo público e foi alvo de críticas que quase minaram a promissora carreira de Aderbal.

Realizado na galeria do metrô da Glória, em construção, A Morte de Danton desafia público e crítica a vencer quatro horas de desconforto e dificuldade de entendimento. A Morte de Danton, 1977. Foto: Acervo Cedoc/FUNARTE

Apesar disso, o diretor que passou a ser visto como uma figura 'externa às estantes comerciais', insistiu em sua pesquisa nos dois espetáculos subsequentes: “Algum Lugar Fora Deste Mundo”, de José Wilker e “O Desembestado”, de Ariovaldo Mattos, ambos montados em 1978.

Em 1979, Aderbal dirigiu “Crimes Delicados”, de José Antônio de Souza, em Buenos Aires. Nesse ano iniciou uma série de trabalhos que realizaria periodicamente em países da América Latina – entre eles, “Mefisto”, de Klaus Mann-Arianne Mnouchkine; com a Comédia Nacional do Uruguai entre 1985 e 1986, resulta numa das suas encenações mais complexas. Nas viagens pela América do Sul, participou de festivais e mostras internacionais de teatro no Uruguai e na Colômbia, onde apresentou espetáculos e orientou oficinas de direção.

NOS ANOS 80

Em 1980, montou “Dom Quixote de la Pança”, adaptado da novela de Cervantes pela intérprete e produtora Camilla Amado. No mesmo ano, realizou experiências com teatro de rua, em grandes montagens de dramas sacros e também com adaptações para Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade.

Dirigiu o “Moço em Estado de Sítio”, de Oduvaldo Vianna Filho, em 1981.

Em 1983, dirigiu “Besame Mucho”, de Mario Prata e levou os prêmios “Paulo Pontes” e “Mambembe”.

Em 1984 montou “Mão na Luva”, novamente de Oduvaldo Vianna Filho, com Marco Nanini e Juliana Carneiro da Cunha, levando dois “Mambembes” e o “Golfinho de Ouro” de melhor diretor.

Montou “Egor Bulichov y otros”, de Máximo Gorki, com El Galpón, de Montevidéu, entre 1987 e 1988; a ópera “Simon Boccanera”, de Verdi, também em Montevidéu, também em 1988.

Na Holanda, dirigiu “Soroco, Sua Mãe, Sua Filha”, adaptado de Guimarães Rosa com o Teatro Munganga de Amsterdã, em 1989.

CENTRO DE DEMOLIÇÃO E CONSTRUÇÃO DO ESPETÁCULO

O Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, sob o comando de Aderbal Freire-Filho, participando do Festival Teatro D´Outras Terras. Foto: Arquivo

No final da década de 80, Aderbal retomou um antigo projeto de constituir uma companhia de teatro e se estabelece no Teatro Glaucio Gill, desativado e destruído. Em uma sátira a situação do prédio, Aderbal, apesar de ter reformado o prédio, deu o nome ao grupo de 'Centro de Demolição e Construção do Espetáculo (CDCE)'.

A Inconfidência no Rio foi encenada no Museu Imperial, em Petrópolis, com direito à Maria Louca bradando das janelas do Palácio. Foto: Arquivo
"A turma do Centro de Demolição e Construção do Espetáculo com o mestre Aderbal. Nosso último encontro presencial, um mês antes da pandemia. Meu forte abraço! Que Aderbal descanse e que seu teatro permaneça vivíssimo", escreveu a atriz, performer e escritora Renata Caldas, em sua página no Facebook.

Em menos de um ano, o Centro estreiou “A Mulher Carioca aos 22 Anos”, um dos espetáculos mais elaborados de Aderbal.

Utilizando-se de um romance na íntegra, mesclava os gêneros dramático e épico em uma linguagem inovadora: oito atores se revezam em mais de trinta personagens, cada personagem assumindo os trechos narrativos referentes a si mesmo e ditos enquanto atua, de maneira a, de um lado, pessoalizar o narrador e, de outro, pluralizá-lo. O êxito desse espetáculo rendeu a ele o Prêmio Shell do ano, e pode ser considerado um dos fatores de estímulo à série de espetáculos que, na década de 1990, investigam o gênero épico.

No início da década de 1990, dedicou-se a personagens históricos, realizando: “Lampião”, de autoria própria, voltado ao herói do cangaço, em 1991; “O Tiro Que Mudou a História”, dele e de Carlos Eduardo Novaes, sobre Getúlio Vargas, em 1991; “Tiradentes, Inconfidência no Rio”, dos mesmos autores, em 1992. Esse último lhe vale uma encenação ímpar no teatro brasileiro.

Em “Tiradentes”, o público foi distribuído em seis ônibus, visitando separadamente seis diferentes locações no centro da cidade do Rio de Janeiro, para reencontrarem-se todos na Praça Tiradentes, cenário final do espetáculo.

EXPULSOS DA SEDE

O investimento no Centro se perdeu 4 anos depois, quando o governo do Estado expulsou a companhia do local. Os atores seguiram o diretor para sua nova sede – o Teatro Carlos Gomes, onde realizam, entre outros espetáculos e eventos, “Senhora dos Afogados”, de Nelson Rodrigues, em 1994.

A companhia encerrou suas atividades com a montagem de um musical “No Verão de 1996”, na qual o diretor partia dos quadros de Rubens Gershman para criar uma dramaturgia fragmentada que comentava e criticava os fatos sociais e políticos da cidade, como uma revista moderna.

ADERBAL SOLO

Em 1995, Aderbal encenou “Lima Barreto, ao Terceiro Dia”, obra de Luís Alberto de Abreu escrita dez anos antes; e “Kean”, adaptação de Jean-Paul Sartre da obra de Alexandre Dumas, novamente com o ator Marco Nanini.

Em 1997, dirigiu “O Carteiro e O Poeta”, de Antonio Skármeta, sobre Pablo Neruda.

Depois disso, passou a ser convocado para dirigir espetáculos com artistas globais.

CARREIRA NA TV

Aderbal Freire Filho em seu primeiro personagem na TV, o senador Oto (Foto: TV Globo/ Camila Camacho)
Aderbal Freire Filho em seu primeiro personagem na TV, o senador Oto (Foto: TV Globo/ Camila Camacho)

Seu único papel fixo na TV como ator foi em 'Dupla identidade', série de Gloria Perez exibida em 2014 e protagonizada por Bruno Gagliasso. Na produção ele interpretou o Senador Otto Veiga, um político de caráter duvidoso. No seriado, o ator contracenou com Bruno e com Marisa Orth.

Na estreia da produção, Aderbal havia comentado que não fez um laboratório específico para o personagem, já que teve como referência suas vivências pessoais.

Em 2015, ele esteve no papel de Norberto no seriado Tapas & Beijos, da Rede Globo. A participação de Aderbal aconteceu na Quinta e última temporada da série.

Aderbal Freire Filho (Norberto), Fernanda Torres (Fátima) e Andréa Beltrão (Sueli) passam o texto de "Tapas & beijos" com a diretora Clara Kutner Foto: Estevam Avellar/Rede Globo/Divulgação
Aderbal Freire Filho (Norberto), Fernanda Torres (Fátima) e Andréa Beltrão (Sueli) passam o texto de "Tapas & beijos" com a diretora Clara Kutner Foto: Estevam Avellar/Rede Globo/Divulgação

APRESENTADOR E PROFESSOR

Aderbal também chegou a apresentar na telinha, entre 2012 e 2016, o programa Arte do Artista, na TV Brasil, onde recebeu diversas personalidades das artes nacionais.

O último trabalho nas telas foi justamente o programa Arte do Artista, que apresentou na TV Brasil. Foram quatro temporadas e uma proposta experimental, de misturar as diferentes linguagens da televisão, do teatro e do cinema. Nomes conhecidos do cenário artístico e cultural brasileiro passaram pelo programa, como Nicette Bruno, Selton Mello, Wagner Moura, Andréa Beltrão, Camila Pitanga, Deborah Colker e Marília Gabriela.

Foi, ainda, professor na escola de Teatro Martins Pena e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

CARREIRA NO CINEMA

No cinema, atuou em 2008 no longa "Juventude", onde deu vida ao personagem Ulisses; e em 2012 atuou em "Paixão e Acaso", ambos de Domingos de Oliveira, nesse último, Aderbal deu vida ao personagem Victor.

Posteriormente, em 2013, Aderbal deu vida ao personagem 'Apontador', no filme 'Giovanni Improtta', personagem criado por Aguinaldo Silva, que ante a seu sucesso na telenovela 'Senhora do Destino' (2004–2005), na qual foi interpretado por José Wilker, acabou ganhando um filme para si. O filme de comédia foi uma coprodução da Luz Mágica com Cacá Diegues, José Wilker e Renata Magalhães, com roteiro de Mariana Wilker e Aguinaldo Silva, baseado no personagem homônimo escrito por Aguinaldo Silva, e que aparece em mais de 30 romances de Aguinaldo.

Andréa Beltrão, Thelmo Fernandes, Othon Bastos, Sérgio Loroza, Milton Gonçalves, Hugo Carvana, André Mattos e Jô Soares, também completa o elenco.

Em 2016, Aderbal deu vida à 'Miguel', do filme 'Amores de Chumbo', que tem o roteiro de Tuca Siqueira e Renata Mizrahi. Tuca também assinou a direção do longa. Na história, 'Miguel' e 'Lúcia' (Augusta Ferraz) estão prestes a comemorar seu aniversário de 40 anos de casamento, mas a chegada de Maria Eugênia (Juliana Carneiro da Cunha) acaba atrapalhando os planos do casal, já que junto com seu retorno, voltam também as memórias dos amores vividos entre Miguel e Maria. Além dos horrores dos anos de chumbo, período da ditadura militar no Brasil.

O último trabalho para o cinema de Aderbal foi o filme 'Dente por Dente', de 2021. O filme tem o roteiro de Arthur Warren e foi dirigido por Júlio Taubkin e Pedro Arantes. Na história Aderbal deu vida ao Delegado Valadares.

PRÊMIOS

Aderbal durante discurso ao receber o prêmio Shell de Teatro.
Aderbal durante discurso ao receber o prêmio Shell de Teatro.

Seis dos seus espetáculos receberam o Prêmio Inacen de melhor espetáculo do ano, entre eles “Mão na Luva”, que recebeu no Uruguai o 'Prêmio Florencio' de melhor espetáculo estrangeiro de 1985.

Em 2013, ganhou o prêmio Shell de Teatro, o principal do Brasil, como melhor diretor, pela peça Iincêndios. 

PERSONALIDADES PRESTAM HOMENAGENS À ADERBAL

A atriz Fernanda Torres disse que Aderbal era um cara de teatro incrível, que te ajudava a parir uma cena, que tinha um conhecimento de palco, de personagem extratordinário. "Estou aqui pensando muito na querida Marieta Severo, que encontrou nele um parceiro de palco, de vida, de profissão. Ele foi curador do Teatro Poeira, que é um teatro incrível que ela mantém com a minha irmã Andréa Beltrão", disse a atriz Fernanda Torres.

Aderbal Freire-Filho: diretor foi um dos grandes nomes do teatro nacional (youtube.com/@CanalSaudeOficial/Reprodução) 
Aderbal Freire-Filho: diretor foi um dos grandes nomes do teatro nacional (youtube.com/@CanalSaudeOficial/Reprodução) 

"Então, não posso falar do quanto pessoas como Aderbal e os irmãos dele Domingos Oliveira, Paulo José, de quanto essas pessoas me influenciaram, me iluminaram e hoje estão juntas lá provavelmente bebendo e comemorando a vida deles todos", acrescentou Torres.

Outro grande ator e dramaturgo brasileiro, Miguel Falabella classificou como 'perda irreparável' a morte de Aderbal: "Mais uma perda irreparável para o teatro brasileiro. Foi-se Aderbal Freire Filho, grande diretor, um homem de rara elegância e generosidade. Meu mais profundo respeito e admiração por sua obra. Ele, sem dúvida, deixa seu nome escrito nas estrelas", publicou Falabella, na noite desta 4ª feira.

A ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff também lamentou a morte do artista nesta noite. Dilma escreveu: "Aderbal é um dos inovadores do teatro brasileiro, sempre inquieto e irreverente, dono de um grande senso de humor e um coração do tamanho da generosidade dos grandes humanistas e artistas. Era um visionário", iniciou.

A ex-chefe do Executivo também disse que Aderbal sempre lutou em defesa da democracia brasileira. "Sempre esteve ao lado do bom combate, mesmo em tempos sombrios, quando sonhar em liberdade era uma ação política libertária. Tenho profunda admiração por ele e sua arte. Em 2009, quando estivemos juntos num ato de entrega de medalhas de ordem cultural pelo governo, ele me saudou como futura presidenta do Brasil. Foi alvo de críticas e de ataques na mídia. E não esmoreceu. Na campanha que dividiu o país pelo meu impeachment, de novo fez a defesa da democracia. E denunciou o golpe de 2016", lembrou Dilma.

"Por tudo isso, e pela amizade sincera e descomprometida, quero deixar para Marieta Severo, mulher e companheira de Aderbal, admirável artista brasileira, um imenso e carinhoso abraço nesta hora de dor que está enfrentando, depois de 19 anos de uma relação amorosa e de encantamento", completou a ex-presidente.

A atriz Renata Sorrah esteve entre os artistas que lamentaram a perda do marido de Marieta Severo e relembrou o trabalho com o ator na adaptação de uma obra de William Shakespeare para o teatro. "Aderbal, um grande mestre, um homem de teatro magnífico que respirava arte, com uma paixão e uma inteligência contagiantes! Tive a honra de ser dirigida por ele, quando interpretei Lady Macbeth, na peça de Shakespeare. Um imenso privilégio. Todos nós, artistas brasileiros de teatro, estamos tristes com sua partida. E também agradecidos por sua vida, sua obra, seu legado, seus ensinamentos, sua elegância", declarou a Wilma de "Vai na Fé", em postagem no Instagram, além de deixar um "abraço muito grande" na viúva do artista.

Debora Bloch também ecsreveu uma mensagem de carinho e despedida de Aderbal: "Diretor maravilhoso, generoso, amoroso! Como amei trabalhar com ele! Fizemos juntos 'Kean', 'Tio Vania' e 'Duas Mulheres e um cadáver' e aprendi tanto… O Teatro e nós todos já sentimos muito muito a sua falta. Meu beijo carinhoso pra sua companheira querida", disse.

Beth Goulart: "Aderbal Freire-Filho,  um homem de teatro, um criador, uma fonte de aprendizado, um grande diretor. Ele via o teatro como uma arte viva e livre, onde tudo é possível e ele fazia ser possível com seu olhar tão amplo e assertivo para a cena. Seu amor ao teatro era inesgotável e quantos de nós foram arrebatados por suas histórias, por suas palavras poéticas, por sua condução tão cheia de criatividade e beleza. Um gênio não morre nunca, vive em sua criação. Aderbal eterno!!! Marieta, todo meu amor a você".

Matheus Nachtergaele: "Tão lindo era o Aderbal Freire-Filho! Tão fundamental na cena do nosso Teatro!
Tão príncipe era o Aderbal! Nossa família do Teatro Brasileiro está sendo duramente golpeada pela partida de artistas de estofo gigante. FICAMOS MAIS ÓRFÃOS, MAS PRA SEMPRE INSPIRADOS! Obrigado, príncipe suave e sábio dos nossos tablados, por tudo! Estou sem palavras... Um beijo no coração de Marieta, no coração de cada amor teu... Um beijo grande em nós: te amamos..."

Maitê Proença: "E hoje nosso querido Aderbal…. Siga em paz. Todos o conhecem melhor com o brilhante diretor, mas trabalhei com ele em 'Isabel', uma peça de sua autoria, em q ele interpretava todos os diversos personagens masculinos, em cena, como ator. Clarice Niskier fazia a Condessa de Barral, e o querido/imenso Domingos Oliveira nos dirigia. Eu era a Princesa Isabel numa noite de loucura. Grande sucesso! Bons tempos!"

Cláudia Abreu: "Aderbal. Um de nossos grandes gênios teatrais. Que Domingos e Paulo José te recebam em festa! Para Marieta, todo o meu carinho e admiração."

Walcyr Carrasco: "Acabo de saber do falecimento de Aderbal Freire-Filho, um dos grandes e inesquecíveis diretores de teatro do país! Lamento muito. Todos nós ficamos mais pobres!"

Lucio Mauro Filho: "Mestre Aderbal Freire-Filho partiu hoje, libertando-se da condição que viveu nos últimos tempos, de não poder nos brindar com sua presença e talento. Um dos maiores nomes da história do Teatro Brasileiro e assim permanecerá. Sempre generoso, sempre gentil. Um dos programas favoritos que eu tinha com meu mestre Ivan de Albuquerque era ir assistir ao novo espetáculo de Aderbal, tão logo estreasse. E depois, uma resenha com o próprio, para deleite do jovem Lucinho. Ainda tive a chance de acompanhar de perto sua linda parceria com Marieta Severo e Andréa Beltrão no Teatro Poeira. Meus pêsames à minha amada Marietinha, a todos os familiares, amigos e admiradores deste grande brasileiro. Descansa em paz, Aderbal! O Brasil agradece o teu talento e contribuição indelével a cultura nacional."

A Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), publicou a seguinte nota nesta noite:

Aderbal, de forma brilhante, comprometida e apaixonada dedicou sua vida ao teatro, cinema e televisão, atuando como diretor, ator e apresentador. Ao longo de seus 82 anos, construiu uma carreira louvável e deixou um legado inestimável para a cultura nacional. Mais do que um artista extraordinário, Aderbal foi um incansável apoiador, defensor e gestor da SBAT. Sua contribuição foi vital na luta pela cultura e para a promoção e preservação dos direitos autorais. Neste momento de dor, estendemos nossas condolências a seus familiares, amigos e a todos aqueles que tiveram a honra de conhecer e trabalhar ao lado deste grande mestre. Que seu espírito e paixão pelas artes permaneçam como inspiração para as gerações futuras. Aderbal Freire-Filho, sua memória será eternamente reverenciada por todos nós da SBAT.

Veja outras personalidades que prestaram homenagem a Aderbal nas redes:

https://twitter.com/jandira_feghali/status/1689394897487282176?s=20
https://twitter.com/deppauloguedes/status/1689398926925811712?s=20
https://twitter.com/zehdeabreu/status/1689411640888836096?s=20


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Tags: Aderbal Freire Filho, Cinema, CULTURA, destaque, Dramaturgo, Morreu, Teatro, teatro brasileiro, TV

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