Na madrugada desta 6ª feira (11.out.24), o multiartista Begèt de Lucena, de 36 anos, foi vítima de ataque à faca no cruzamento das ruas 14 de Julho com a General Melo, no Centro de Campo Grande (MS).
O crime ocorreu próximo ao Bar Zé Carioca, um dos grandes apoiadores da arte independente e da cultura noturna campo-grandense.
Após diversas declarações apontando o local como “perigoso”, por meio de nota, o Bar do Zé explicou que “o bar não faz mal para ninguém”. "Gostaríamos de esclarecer que os problemas de violência não são causados pelos bares em si, mas por pessoas mal-intencionadas que vêm com o propósito de causar transtornos", observou o estabelecimento.
Segundo o bar, a falta de policiamento e o descaso das autoridades em atender os pedidos de apoio tem contribuído para situações que fogem do controle dos proprietários e frequentadores. “O bar sempre foi visto, de maneira equivocada, como um lugar perigoso. No entanto, é importante ressaltar que, por falta de policiamento e apoio das autoridades, algumas situações acabam fugindo do nosso controle. O Bar Zé Carioca sempre buscou apoio das autoridades policiais e do poder público para garantir a segurança no local, mas esses pedidos constantemente foram ignorados ou não atendidos”, denunciou.
Ainda segundo o estabelecimento, “seguiremos trabalhando para proporcionar um ambiente seguro e acolhedor a todos os nossos clientes”, reforçaram.
Leia a nota na íntegra no Instagram do Bar Zé Carioca:
O BAR
O Bar do Zé Carioca foi aberto na Esplanada Ferroviária em 2006 por José Dias.
Nascido em Bodoquena, José morou por muitos anos em Aquidauana, até se mudar para Campo Grande em 1975.
Antes de ser comerciante, por 26 anos foi maquinista nos trilhos da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA).
Quando se aposentou, ele abriu o bar em sociedade com um homem que tinha o apelido de ‘carioca’. A sociedade foi encerrada e, por algum tempo, o bar se chamou ‘Zé Copinho’, mas o que se popularizou foi ‘Zé Carioca’, em referência ao apelido dos dois proprietários.