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DOMINIC MONAGHAN

Ator de Lost, X-Men e Senhor dos Anéis, visita o Pantanal em chamas

Astro britânico teria pousado para fotos com fãs no Aeroporto Internacional de Campo Grande

Por TERO QUEIROZ • 26/06/2024 • 07:54
Imagem principal Dominic Monaghan ao centro, de óculos, quando esteve no Pantanal em 2016. Foto: Redes

O ator britânico, nascido na Alemanha, Dominic Monaghan está em viagem no Pantanal sul-mato-grossense em um momento em que o bioma enfrenta uma da suas mais graves fases de incêndio. 

Reconhecido mundialmente principalmente pelos papeis na adaptação de Peter Jackson do livro O Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien, no qual ele encarnou Meriadoc Brandebuque, Dominic teria pousado para fotos com fãs no Aeroporto Internacional de Campo Grande. 

Além de ator, como é de costume no exterior, Dominic apresenta programas de TV e um deles é a famosa série Wild Things (Coisas Selvagens), do canal BBC América. Na produção, em cada episódio são desbravados destinos exóticos em busca das “criaturas mais perigosas e indescritíveis” – portanto, há a suspeita que o britânico esteja no Pantanal a trabalho.

Essa não será a primeira vez que Dominic desembarca no bioma, em 2016, o britânico esteve no Pantanal (foto da capa) e numa rede social escreveu: “Esta noite, no Travel Channel, meu grupo e eu arranjamos algumas coisas selvagens no Pantanal, Brasil”.  

CRISE NO BIOMA PANTANEIRO 

O Pantanal é uma das maiores e mais ricas áreas úmidas do planeta, que no entanto, está enfrentando desafios ambientais graves que ameaçam sua biodiversidade e a subsistência das populações locais. Com 179.300 km², o Pantanal abrange áreas no Brasil (78%), Bolívia (18%) e Paraguai (4%), sendo caracterizado por uma rica biodiversidade e uma economia baseada em agropecuária, pesca e turismo.

Em 2020, a região enfrentou uma crise sem precedentes com incêndios florestais que consumiram cerca de 4 milhões de hectares, equivalente a 26% do bioma no Brasil. "Esses incêndios foram alimentados por um longo período de seca e altas temperaturas, que secaram o solo e a vegetação, aumentando a inflamabilidade da área", explicou a Organização Não Governamental S.O.S Pantanal, uma das mais atuantes em defesa da planície.  

Neste ano, a situação hidrológica do Pantanal continua crítica. Nos últimos seis meses, a Região Hidrográfica do Rio Paraguai, parte brasileira da Bacia do Alto Paraguai, sofreu uma severa escassez de chuvas. Em 13 de maio de 2024, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou uma situação crítica de escassez quantitativa de recursos hídricos na região. "O Índice de Precipitação Padronizada (IPP) aponta níveis de precipitação muito abaixo da média climatológica, com áreas moderadamente a extremamente secas", acrescentou a S.O.S.  

"Os níveis do Rio Paraguai medidos pela régua de Ladário estão próximos dos mínimos históricos, indicando a urgência de medidas adaptativas. Além disso, a previsão climática para o período de junho a agosto de 2024 sugere uma probabilidade de precipitações abaixo da média, o que agrava ainda mais a situação", completou a entidade.  

De acordo com um balanço preliminar feito pelas entidades que observam o Pantanal, no primeiro trimestre de 2024, as áreas queimadas no bioma superaram as médias registradas entre 2012 e 2022, com um aumento de 39% em comparação com o mesmo período de 2020. "Com a aproximação do período de maior ocorrência de incêndios, os riscos continuam elevados", destacam. 

Em nota, a S.O.S Pantanal apontou que diante da situação alarmante, a declaração de escassez hídrica até 31 de outubro de 2024 é essencial para permitir a implementação de ações emergenciais. "Recomenda-se a instalação imediata de uma sala de situação e comando integrado entre os corpos de bombeiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o ICMBio, o IBAMA, e outras instituições governamentais e civis", orientam.  

"Para as secretarias de meio ambiente de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é crucial fazer valer as políticas estaduais relacionadas à prevenção de incêndios, incluindo licenças para queimas controladas e aceiros. Além disso, deve-se elaborar um calendário anual para o Manejo Integrado do Fogo e promover a adesão de proprietários rurais a ações preventivas", sugerem.  

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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