Adriane Lopes (PP) e sua vice, Camilla, durante coletiva à imprensa no TRE-MS. Foto: Tero Queiroz
Adriane Barbosa Nogueira Lopes (PP), foi reeleita como a 65ª gestora de Campo Grande (MS), porém a primeira mulher em mais de 100 anos de emancipação político-administrativa.
Ela recebeu 222.699 votos (51,45%), derrotando Rosiane Modesto de Oliveira, que obteve a 210.112 votos (48,55%).
Durante coletiva à imprensa na noite deste domingo, no Tribunal Regional (TRE), no Parque dos Poderes, Adriane declarou que irá “seguir com a mesma gestão cultural”, sem mudanças no secretariado, mantendo, portanto, Mara Bethânia Gurgel à frente da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur). "Minha equipe é técnica e nos trouxe até aqui com muito trabalho. Não há previsão de mudanças; queremos apenas trabalhar pela cidade. Os campo-grandenses reconheceram nas urnas e nos credenciaram com 222.699 votos, que serão honrados, tanto pelos que votaram quanto pelos que não votaram".
Questionada pelo repórter do TeatrineTV se pretende, nos próximos 4 anos, corrigir os problemas de gestão cometidos na cultura campo-grandense de 2022 a 2024, Adriane Lopes demonstrou insatisfação com a pergunta e respondeu de maneira evasiva: “Nós já iniciamos as tratativas. A cultura em Campo Grande já teve avanços e com certeza daremos continuidade a todos os projetos que iniciamos”.
Adriane Lopes responde ao questionamento do repórter do TeatrineTV. Foto: Tero Queiroz A resposta da prefeita é falsa, já que nos últimos 3 anos os programas de Fomento ao Teatro (FOMTEATRO), o Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC) e os Prêmios Ipês, únicos editais de incentivo ao setor cultural da Capital, sequer foram lançados. Ela lançou nesse ano eleitoral uma edição ignorando o calote de R$ 12 milhões, como mostramos aqui.
Ao longo da coletiva Adriane destacou sua reeleição como ‘histórica’. “Hoje, Campo Grande tem a primeira prefeita eleita nos seus 125 anos de capital. Eu estou muito feliz em poder estar aqui hoje. Estive como prefeita, mas era vice. E agora, legitimamente, temos, através dos 222.699 votos, uma eleição ganha para trabalhar muito pela nossa cidade. Nós colocamos Campo Grande para avançar. Despertamos a cidade nesses dois anos e meio e colocamos tudo em ordem. Hoje, temos mais de 300 obras em andamento por toda a cidade. O tempo foi pouco, eu reconheço que a cidade tem problemas, mas conseguimos despertar Campo Grande para um novo tempo. A educação é prioridade, porque a educação muda pessoas e pessoas mudam a cidade. Nessa próxima oportunidade, nesse novo mandato, vamos focar na saúde, em obras estruturantes e em muitas oportunidades”, disse.
Adriane Lopes e sua vice, Camilla, durante coletiva à imprensa, após anúncio do resultado eleitoral na Capital sul-mato-grossense. Foto: Tero Queiroz Adriane Lopes aproveitou a oportunidade para fazer agradecimentos a figuras políticas, no entanto, não citou o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL). “Quero agradecer os votos dos campo-grandenses que nos trouxeram até aqui, a todos os nossos apoiadores, ao governador Eduardo Riedel e à nossa senadora Tereza Cristina, que foi a maior incentivadora de todo esse processo. Acredito que, a partir de agora, vamos poder despertar as mulheres, não só de Campo Grande e Mato Grosso do Sul, mas de todo o Brasil, para que busquem se posicionar na política. Essa vitória minha e da Camila não é só nossa; é das mulheres”.
Camilla esteve ao lado, mas não teve direito a fala durante coletiva à imprensa. Foto: Tero Queiroz A Progressista disse que sua vice, a dentista Camilla Nascimento de Oliveira, não será ‘apenas de enfeite’, apesar disso, durante a coletiva Camilla não obteve direto de fala. “A Camilla já sabe como será nossa relação, como fizemos durante a campanha. Será muito trabalho juntas por Campo Grande. A Camila não será uma vice apenas para algumas ocasiões; ela será atuante e trabalhará ao meu lado para que juntas possamos fazer grandes entregas para nossa cidade”, prometeu.
