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IRMÃO DE VEREADOR

Prefeita dá cargo de chefia a acusado de golpe que zerou em português

Familiar do vereador Paulo Lands voltou à boquinha da DEAC

Por TERO QUEIROZ • 05/01/2024 • 13:12
Imagem principal Wilson Lands, irmão do vereador Paulo Lands volta ao cargo de chefia na DEAC, mesmo tendo tirado zero em português no processo seletivo para professor de Arte em Campo Grande (MS). Foto: Redes

A prefeita de Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP), dá um show de irresponsabilidade e desprezo com o cargo público, para o qual nunca foi eleita, mas que herdou do acusado de assédio sexual, Marquinho Trad.

Dona do título de caloteira do orçamento cultural por dois anos consecutivos, Adriane devolveu em 29 de dezembro de 2023 à Wilson Manoel Lands, irmão do vereador Paulo Lands (Patriota), o cargo de chefia da Divisão de Esporte, Arte e Cultura (DEAC) na Secretaria de Educação de Campo Grande (Semed).

A nomeação ocorre após Wilson tirar nota 0 em português no processo seletivo ao cargo de Professor de Arte na rede municipal de ensino.

O DEAC é o único projeto da prefeitura que fortalece a cultura e arte nas escolas, mas agora está sob o comando de um indivíduo que tirou 8 em conhecimentos específicos, 26 em conhecimentos pedagógicos e 6 em legislação. A prova era de 0 a 100, conforme resultado publicado no Diário Oficial em 10 de novembro de 2023.

Com a medida, a prefeita demonstrou mais uma vez seu desprezo com a cultura da Capital.

O comissionado que comandará a DEAC receberá um salário de R$ 9,5 mil, pelo simples fato de ser irmão de um vereador. Mas não é a primeira vez que Lands chega à boquinha da DEAC.

Vamos lembrar que o irmão do vereador ganhou a boquinha de chefe da DEAC, pela primeira vez, na gestão de Marquinhos Trad (PSD), em 2017. Na época, Wilson foi acusado pela equipe da Semed de cobrar mensalmente quantias entre R$ 50 e R$ 200 para festinhas que nunca foram realizadas.

GOLPISTA DE VOLTA 

Adriane Lopes também deu uma boquinha na prefeitura à golpista blogueira Juliana Gaioso Pontes, investigada pela Polícia Federal por atos antidemocráticos. Ela foi contrada para o cargo de assessora executiva de Adriane Lopes na terça-feira (2.jan.23). Juliana é ex-assessora pessoal da Senadora Soraya Tronick. 

De acordo com publicação do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), ela fica no lugar do ex-vereador Marcos Alex Melo que ocupava a função até abril de 2023, quando passou para função de mais abrangência, assessor especial.

Conforme o Portal da Transparência do Executivo, o último salário bruto do ex-parlamentar como assessor executivo foi de R$ 12.118,68, valor que agora Juliana deve receber por mês.

Uma das figuras da extrema direita em Mato Grosso do Sul, a extremista bolsonarista Juliana Gaioso concorreu ao cargo de vereadora em 2020 com o lema ""Pistola e Nossa Senhora na mão". Ela amargou uma derrota sem precedentes ao tentar converter votos do agora inelegível Jair Bolsonaro. A própria Juliana se define como “terrorista de direita” e já foi alvo de denúncia na Procuradoria-Geral da República pelo deputado federal Fábio Trad (PSD) por envolvimento em grupos extremistas em Campo Grande, atuando para cometer crimes contra o estado democrático de direito. Além de golpista, a nova comissionada de Adriane Lopes é conhecida por disparar fake news da extrema direita em seus perfis nas redes.  


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Tags: Adriane Lopes, Fmic, Fomteatro, Marquinhos Trad, Paulo Lands, Prêmio Ipê, Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes, Wilson Manoel Lands

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