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Fundação de Cultura

"Ouvir mais para errar menos", promete novo presidente da Fundação de Cultura

Assessor de Marcelo Miranda é nomeado diretor-presidente da Fundação

Por TERO QUEIROZ • 23/09/2023 • 12:07

Desde a 5ª feira (21.set.23), a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) passou a ser presidida por Eduardo Mendes Pinto, conhecido apenas como Edu Mendes. Ele já estava na equipe do governador Eduardo Riedel (PSDB) — até a 3ª feira (20.set), era assessor direto do secretário de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), Marcelo Miranda — agora Edu foi alçado ao cargo de chefia do ente cultural, antes comandado por Max Freitas.

Como mostramos aqui no TeatrineTV, Max pediu exoneração, após entrar em conflito com Miranda. Desde a saída de Max, o próprio Miranda vinha acumulando o cargo de chefia da Setescc e da Fundação.

Em uma conversa exclusiva com o TeatrineTV na noite da 6ª feira (22.set.23), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, Miranda explicou que a escolha de Edu foi opção do governador, para solucionar o acúmulo de cargos, mas dar continuidade às ações internas de aprimoramento da Fundação.

(22.set.23) - Marcelo Miranda e Edu Mendes no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Foto: Tero Queiroz
(22.set.23) - Marcelo Miranda e Edu Mendes no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Foto: Tero Queiroz

“Foi uma escolha do governador, a partir das propostas que a gente está de reorganização, de reestruturação do Plano Estadual, do Sistema Estadual de Cultura, da informatização, em cima de todas as ações que a gente vinha construindo junto, foi uma escolha do governador para dar continuidade em todas essas ações, porque esse acúmulo de funções não estava legal, acho que a cultura mesmo perde de não ter um presidente da Fundação. Então, o governador tinha essa preocupação e ele optou por nomear o Edu, em função desse período que ele passou ajudando a montar essas propostas de reestruturação, de informatização do FIC que a gente está trabalhando”, esclareceu Miranda.

(22.set.23) - Secretário Marcelo Miranda garantiu que Edu Mendes terá autonomia à frente da Fundação de Cultura. Foto: Tero Queiroz
(22.set.23) - Secretário Marcelo Miranda garantiu que Edu Mendes terá autonomia à frente da Fundação de Cultura. Foto: Tero Queiroz

De acordo com o secretário, a Fundação terá 100% de autonomia e seu papel será criar condições jurídicas e administrativas para que Edu execute as ações de políticas públicas da cultura. “O comando da Fundação vai ficar 100% com o Edu Mendes e eu vou dar suporte para que a gente possa implantar uma política que realmente atenda as expectativas dos entes da cultura... E esse momento é muito importante, porque as conferências municipais, que a gente já deu o start, a conferência estadual que vai dar esse norte. E a gente espera que a partir das decisões coletivas, e a gente tem, tanto eu como o Edu, temos esse princípio de gestão de realmente ouvir. O governador nos cobra muito por ouvir. Ele fala: quem ouve mais, erra menos, para que a gente possa estabelecer um plano para os próximos três anos”, completou Miranda.

O novo chefe da pasta disse à reportagem que seu primeiro passo será enfim inserir a digitalização nos editais e outras ações da Fundação.  “Um sentimento nosso, desde o início, quando chegamos lá na Fundação de Cultura esse ano, foi se deparar com os editais ainda sendo feitos manualmente. Até os pareceristas fazendo as coisas manuais. Então, eu acho que o FIC, a grande expectativa no FIC é para que ele já seja 100% digital. Nós estamos aí na negociação de uma plataforma para a Lei Paulo Gustavo, e a nossa intenção é continuar isso no FIC e todos os editais, seja de fomento, seja de premiação dentro da Fundação. Então, acho que a primeira parte do nosso trabalho é pensar na digitalização”, apontou.  

(22.set.23) - Edu Mendes durante entrevista no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Foto: Tero Queiroz
(22.set.23) - Edu Mendes durante entrevista no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Foto: Tero Queiroz

Questionado sobre como corrigir os erros constantes de terceirização e execução dos festivais, Edu explicou que está sendo feito um estudo para encontrar uma alternativa para solucionar essa chaga vivida pela cultura sul-mato-grossense. “É um momento de estudo nosso. A execução de forma direta pela própria Fundação é muito complexa, até porque se tem muitas categorias para ser contratadas, mas sim, estamos fazendo um estudo, uma análise, para que a gente possa aprimorar e melhorar a questão dos festivais”, garantiu.

O novo presidente da Fundação ainda afirmou que em todo caso os festivais continuarão sendo feitos, pois são vistos como mecanismos de forte impacto na economia. “Eu acho que o festival ele alimenta toda uma cadeia, as pessoas às vezes criticam a forma do festival, mas se você pensar na própria classe artística, desde a graxa, carregadores, artistas, até as empresas, movimenta muitos setores. Então, vamos manter sim os festivais, mas sim, existe um estudo nosso para tentar encontrar uma outra forma talvez de como executar os festivais, equacionar”, revelou. 

Ainda segundo Edu Mendes, as críticas à gestão cultural são bem-vindas e a Fundação sobre seu comando fará do exercício da escuta a tônica para corrigir os erros. “A gente lida muito bem com as críticas. Se não há o contraditório, não há crescimento. Se todo mundo pensar igual, você não muda, você fica estagnado. O Marcelo falou uma coisa importante, com relação ao nosso governador: quem escuta mais, erra menos! Eu acho que um grande acerto do Marcelo e eu quero seguir isso à risca, é trazer o Conselho para dentro, o Conselho ter a participação efetiva. Trazer mais o Fórum, porque traz toda a representatividade dos colegiados. Então, assim, ouvir mais para poder errar menos. Acho que essa será a tônica do nosso trabalho. Vou tentar manter isso”, prometeu.

Edu completou dizendo que uma das estratégias de escuta ativa será a realização de audiência pública e a presença nas conferências, tanto na Capital como no interior. “Acho que as audiências públicas são interessantíssimas, ouvir a população. A gente vai tentar se desdobrar para ir em todas as conferências municipais, para poder fazer um plano estadual melhor, para tentar errar menos. Porque o cobertor é pequeno e a gente não consegue atender todos, então acho que a ideia é sempre errar menos”, finalizou.  


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Tags: Campo Grande, CULTURA, destaque, destaque_principal, FCMS, Mato Grosso do Sul

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