Presidente da Comissão de Cultura na Câmara Municipal de Campo Grande (MS), o vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) foi criticado por artistas após, nesta quarta-feira (11.dez.24), votar a favor da proposta de ‘reforma administrativa’ da prefeita Adriane Lopes (PP), que rebaixou a cultura para uma secretaria executiva em 2025.
“Eu negociei a Fundação de Cultura. Eu não votei contra a cultura, eu negociei a pedido dos trabalhadores da cultura. Eu não poderia votar contra algo que negociei em prol da cultura. Como foi pedido, vai ficar a secretaria executiva até que seja instituída a Fundação de Cultura”, disse o legislador em entrevista ao TeatrineTV.
Mais cedo mostramos que apenas a vereadora Luiza Ribeiro (PT) e o vereador Professor André Luis (PRD), votaram contra a proposta de Adriane que extinguiu a Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), a Secretaria de Juventude (Sejuv), a subsecretaria da Mulher e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur).
Apesar das perdas, Ronilço afirmou que, na sua avaliação, houve algumas conquistas em relação ao projeto original apresentado à Câmara Municipal, que previa a cultura como um departamento da Secretaria de Educação. “Não aceitamos essa proposta e iniciamos negociações com o Executivo e os vereadores. Após essas conversas, acordamos a criação da Fundação de Cultura. Enquanto isso, a cultura seria administrada pela Secretaria Executiva da Cultura. Caso contrário, seríamos apenas três votos contra, sem a Fundação de Cultura. A política é a arte do diálogo; graças a essa negociação, conseguimos garantir o espaço da cultura na nova estrutura. Agora, nosso objetivo é assegurar o pagamento dos editais e captar novos recursos para a cultura”, argumentou o vereador.
No "art. 3º", está determinado na lei que “o Município de Campo Grande apresentará em até 90 (noventa) dias, a contar de 1º de fevereiro de 2025, Projeto de Lei para criação da Fundação Municipal de Cultura, quando então, após a sanção do referido Projeto de Lei, será extinta a Secretaria Executiva de Cultura”. A íntegra.