Ex-jogador Cafu, durante a palestra (Foto: Helder Carvalho/Midiamax)
Marcos Evangelista de Morais, mais conhecido como Cafu, recebeu R$ 138 mil por uma palestra rápida na Capital sul-mato-grossense realizada na noite de 9 de abril.
Apesar de ser ex-futebolista da Seleção Brasileira de futebol, Cafu foi pago com dinheiro dos cofres da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), conforme um extrato público na editoria do "Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul". Eis o print:
O evento, intitulado “Quem Ousa Vence – O Grande Sonho”, contou com a palestra de Cafu, intitulada “O Esporte Como Inclusão Social”.
A apresentação de 60 minutos teve início às 21h na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e contou também com a ex-futebolista Delma Gonçalves, mais conhecida como Pretinha. Contudo, ela não consta como beneficiária dos recursos.
Embora o evento esteja na editoria de trânsito, quem assina o repasse do pagamento é o diretor-presidente da FCMS, Eduardo Mendes. Ele pagou (a íntegra
VERBA PARA O FUTEBOL, TORRANDO DA CULTURA
Promovido em parceria entre a Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos), o evento contou com o anúncio do repasse de R$ 1 milhão em recursos para o Operário Futebol Clube feminino e mais R$ 500 mil para o time masculino.
O QUE DIZ A FCMS
Enviamos perguntas ao diretor-presidente da FCMS, Eduardo Mendes, que buscavam esclarecer por que a entidade cultural pagou um palestrante para um evento esportivo. A reportagem questionou:
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Qual foi o critério utilizado para a escolha da empresa Marcelo Calone e Corporados SS LTDA para a contratação de Cafu, considerando que a palestra ocorreu no âmbito de um projeto da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul?
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Por que o repasse de R$ 138 mil para uma palestra sobre esportes foi realizado por meio da Fundação de Cultura, em vez de um órgão diretamente relacionado ao esporte, como a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc)?
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Como o senhor justifica o valor de R$ 138 mil para uma palestra de 60 minutos, especialmente considerando que a verba foi alocada a partir de recursos destinados à cultura, e não diretamente ao setor esportivo?
Entretanto, até a publicação desta matéria, nenhuma das perguntas foi respondida.
