Em 28 de março de 2025, foi realizada uma Audiência Pública em Corumbá (MS), para discutir o Festival América do Sul 2025, evento programado para ocorrer de 15 a 18 de maio.
A reunião aconteceu no auditório do Senac, localizado na Rua América, no centro da cidade a partir das 18h30.
A audiência contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o Secretário de Turismo, Esporte e Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul (Setesc), Marcelo Miranda, o Diretor-Presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Eduardo Mendes, o Deputado Estadual Paulo Correia, e o Prefeito Municipal de Corumbá, Gabriel Alves.

Segundo extrato da reunião publicada apenas na 2ª.feira (7.abr.25) — a íntegra — ou seja, dez dias após o encontro a presidente da Fundação de Cultura de Corumbá, Wanessa Pereira Rodrigues, deu início aos trabalhos explicando a dinâmica da audiência, que daria voz a 15 representantes de diferentes setores culturais.
Durante o encontro, Eduardo Mendes fez uma apresentação sobre os preparativos do Festival, incluindo a exibição de um vídeo aftermovie do evento de 2023 e a proposta de novo layout cenográfico para o Festival América do Sul 2025, que será realizado no Porto Geral. A proposta busca tornar o espaço mais adequado para a realização de apresentações culturais, com foco na integração das diversas manifestações artísticas que caracterizam o evento.
Diversos representantes culturais aproveitaram a oportunidade para apresentar sugestões e propostas. Eis:
Dalva Maria Guató, representante dos povos originários, solicitou a participação de artesãos indígenas no festival.
Mariana Anhart, agente cultural, sugeriu ampliar os locais de intervenções culturais e melhorar as condições de apresentação de artesanato, além de propor a utilização da Galeria de Arte de Corumbá para exibir as Artes Visuais do festival.
Vitor Rafael, presidente da Liga das Escolas de Samba, sugeriu a inclusão de um cortejo das escolas de samba na abertura do evento e a criação de uma mesa de debate sobre o Carnaval de 2026.
O representante da Cultura de Rua, Anderson Formiga, pediu para que as intervenções culturais se estendessem às periferias da cidade, com destaque para o skate e as batalhas de MC. Formiga também solicitou a inclusão de outros estilos de Hip Hop no evento, além de sugerir a utilização de grafiteiros locais.
O tatuador Mássimo Iego, sugeriu um stand de tatuagem no festival.
O Pantaneiro Geek, Fábio Lugo propôs a inclusão do universo geek, com a possibilidade de montar um Museu do Videogame no evento.
O maestro Roberto Oliveira trouxe três propostas: a inclusão de música erudita com músicos locais, a criação de uma programação voltada para o público infantojuvenil e a promoção de uma vivência em língua espanhola para as crianças da rede municipal e estadual de ensino.
A questão da acessibilidade também foi abordada, com a jornalista Lívia sugerindo melhorias para tornar o Porto Geral acessível a pessoas idosas.
A artesã Adriana destacando as dificuldades enfrentadas pelos expositores de artesanato, como a falta de climatização no local de vendas.
Na educação, o professor Celso propôs que as escolas de Corumbá realizassem visitas guiadas aos pontos turísticos da cidade, como o Porto Geral, o Forte Junqueira e o Cristo, para que as crianças se familiarizassem com a história e a cultura do Pantanal.
O Prefeito Gabriel Alves também fez uso da palavra, dizendo do "compromisso da Prefeitura com a realização do Festival América do Sul e sua disponibilidade para apoiar o bom andamento do evento".
Após a apresentação das propostas, o chefe da FCMS, Eduardo Mendes, e o Secretário Marcelo Miranda responderam aos questionamentos e agradeceram as contribuições para o desenvolvimento do evento.
A audiência pública foi encerrada com a confirmação de que as sugestões levantadas seriam levadas em consideração durante a fase final de planejamento do festival.