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'GOELA ABAIXO'

Artistas de MS reagem a 'inovação furada' da gestão do 23º FIB

Associação dos Artistas paulista já enfrenta primeiro revés em MS

Por TERO QUEIROZ • 20/08/2024 • 16:15
Imagem principal Artistas protestam contra inovação 'furada' do FIB 2024. / Foto: Marithê do Céu

O XXIII Festival de Inverno de Bonito começa na 4ª.feira (21.ago.24) e segue até 25 de agosto em Bonito (MS). Com estrutura e programação ao custo final de quase R$ 11 milhões, a Comissão de Organização do Festival já anota a primeira investida fracassada.

Como mostramos aqui no TeatrineTV, a Associação dos Artistas paulista (CNPJ 03.890.545/0001-09) foi a Organização da Sociedade Civil (OSC) habilitada para celebrar um Termo de Colaboração, junto a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que tenha por objeto a execução do FIB, com teto de R$ 6,5 milhões. O valor acima mencionado é apenas para a execução do festival e pagamento de artistas regionais, pois os artistas nacionais estão sendo pagos pela FCMS, como mostramos aqui

Conforme do edital do Termo de Colaboração, estavam inclusos nos deveres da OSC a disponibilização de transporte, hospedagem e alimentação a todos os artistas e equipe do festival, no entanto, às vésperas do festival, diversos artistas disseram terem sido procurados por “produtores do festival”, afirmando que os mesmos estariam orientando os artistas a realizarem sua reserva em hotel e cuidar da alimentação, e que seriam reembolsados por isso. A ideia às vésperas do festival soou negativa, pois não haveria possibilidade de reservas na cidade turística com tão pouco tempo.

Poucas horas após ecoar, a ideia não se sustentou e levou a Comissão Organizadora do Festival a emitir uma nota reconhecendo o equívoco e recuando da proposta. A nota, porém, trouxe uma afirmação curiosa de que a medida foi uma ‘tentativa de inovação’. Leia: “Inicialmente, buscamos inovar na forma como hospedamos e alimentamos os artistas, visando agilizar os processos e proporcionar maior conforto durante o festival. No entanto, após consultarmos os próprios artistas, percebemos que esse modelo não atendia plenamente às suas necessidades”, justificou a Comissão.

Apesar de reconhecer o erro, a nota argumentou que a ‘inovação’ estava amparada no regramento do edital: “Diante desse feedback valioso, tomamos medidas rápidas e alteramos o formato de hospedagem e alimentação, visando atender aos questionamentos trazidos pelos artistas. Nosso objetivo é proporcionar a todos os participantes uma experiência o mais confortável possível, garantindo a realização do melhor festival. Esclarecemos ainda que nossa assessoria jurídica avaliou ambos os formatos e concluiu que ambos atendem plenamente ao Edital. No entanto, nossa prioridade é o bem-estar dos artistas e a qualidade do evento”, defenderam. 

Com o recuo da Comissão, a hospedagem e alimentação voltaram a ficar por conta da associação vencedora do certame.

‘TENSÃO NA CASA’

Prédio Memorial Apolônio de Carvalho, sede da Fundação de Cultura em Campo Grande (MS). Foto: Tero QueirozPrédio Memorial Apolônio de Carvalho, sede da Fundação de Cultura em Campo Grande (MS). Foto: Tero Queiroz

O prédio Apolônio de Carvalho em Campo Grande (MS), originalmente pertencente aos gestores da cultura virou uma espécie de ‘abrigo’, primeiro do Turismo e agora do Esporte. Vamos lembrar que isso já levou a rachas entre os chefes da Cultura no governo de Eduardo Riedel (PSDB), e passados quase dois anos do início da gestão Riedel esse caso ainda não foi resolvido.

Às vésperas do 23º FIB, um cabo de aço entre Esporte e Cultura causa certa ansiedade nos servidores da FCMS. “É um desrespeito total com a cultura”, lamentam artistas próximos de servidores de carreira.  

Além da invasão ao prédio cultural, o Esporte também está fazendo uma invasão institucional. “Meteram Esporte no Festival de Inverno de Bonito, cara, que loucura é essa? O Esporte tem suas agendas e a Cultura não invade lá. A Cultura tem suas agendas, a arte tem suas demandas específicas. Nada disso foi consultado, a sociedade civil não tem vez nesse governo Riedel. É tudo goela abaixo”, lamentou outro artista numa conversa reservada com o repórter do TeatrineTV.

Outro reclame referente ao Festival de Inverno de Bonito de 2024, e que já anotamos aqui no TeatrineTV, foi a remoção dos espaços para propostas da música local. “Fizeram isso com a música daqui, não pode concorrer mais. Isso não foi uma demanda da classe, isso foi uma decisão ditatorial, o seguimento não foi ouvido. Acho que tão fazendo um péssimo trabalho”, protestou.

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Tags: Associação Carnavalesca Bloco Afro Olodum, Bonito, CULTURA, Eduardo Mendes Pinto, FCMS, Monobloco, Teodoro & Sampaio, Theo4 Produções Artísticas LTDA, XXIII Festival de Inverno de, Zé Ramalho

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