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'CAPITAL DAS OPORTUNISTAS'

Após calote e desprezo de dois anos, Adriane Lopes promete preservar prédio militar (vídeo)

Em dois anos, aplicou um calote de R$ 12 milhões no orçamento cultural e não concluiu nenhuma das obras culturais

Por TERO QUEIROZ • 11/09/2024 • 14:54
Imagem principal Secretária de Turismo e Cultura, Mara Bethânia Gurgel, discursa durante assinatura de convênio com militares. Foto: Divulgação

Desde que assumiu a cadeira da prefeitura de Campo Grande (MS) em 2022, Adriane Lopes (PP) submeteu os artistas a calotes consecutivos, abandono de obras públicas e desprezo em honrar o orçamento cultural. 

No meio artístico Adriane ganhou a pecha de caloteira e sua gestão é comparada a do ex-prefeito radialista Alcides Bernal e do seu vice, o pastor Gilmar Olarte, esse último deposto e preso por enganar fiéis com golpes de cheques — um tipo estelionatário. 

Em janeiro de 2022, Adriane escalou como Secretária de Cultura e Turismo de Campo Grande (Sectur), Mara Bethânia Gurgel, graduada em administração e pós-graduada em Gestão de Cidades e Agronegócios e MBA em Controladoria e Finanças, ela foi anunciada como uma especialista em números, no entanto, não teve qualquer possibilidade de ajudar Adriane Lopes, pois a atual prefeita sequer honrou o orçamento da cultura.

Como já mostramos aqui no TeatrineTV, Adriane não conseguiu honrar nenhum dos dois únicos editais públicos da cultura: Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC) e o Programa de Fomento ao Teatro. A Sectur deixou de investir R$ 8 milhões nessas ações.  

A chefe do Executivo ainda enterrou o Prêmio Ipê, uma iniciativa instituída pelo Decreto Municipal nº 14.759 de 4 de junho de 2021, na gestão de Marquinos Trad, que deveria aplicar mais R$ 2 milhões para contemplar mais de 150 artistas do artesanato, audiovisual, artes visuais, dança, teatro e literatura. Mostramos aqui que em julho de 2023, por meio de sua equipe na Sectur, Adriane Lopes prometeu que lançaria o 2º Prêmio Ipê, mas isso ficou na promessa.

Em dois anos, a atual prefeita conseguiu, portanto, aplicar um calote de cerca de R$ 12 milhões no orçamento cultural campo-grandense. Em franca campanha eleitoral, neste ano Adriane Lopes lançou o Fmic e Fomteatro que juntos não somam apenas R$ 4 milhões. Essa é uma dívida que provavelmente ficará para futuros gestores do Executivo pagarem ou não. 

Os problemas de gestão cultural na administração de Adriane Lopes afetaram fortemente também os equipamentos culturais. Já mostramos aqui no TeatrineTV que nenhuma das 4 obras culturais propostas pela prefeita foram entregues, e algumas delas, como a reforma do Teatro do Paço e a revitalização da Praça dos Imigrantes, estão completamente abandonadas.  

Em meio a esse cenário de falta de gestão e muitas promessas, Adriane Lopes e Mara Bethânia se encontraram em julho com militares no Prédio Mello e Cáceres, que por anos abrigou o Sesc Cultura, localizado na Avenida Afonso Pena. O objetivo do encontro foi formalizar um contrato para que a prefeitura assumisse a administração do local, anunciado naquele ato como a 1ª Casa da Cultura da Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, a prefeita elogiou o trabalho de Mara Bethânia e se comprometeu a "preservar" o prédio dos militares. Assista:  

 


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Tags: Adriane Lopes, Campo Grande, CULTURA, destaque, Fmic, Fomteatro, Fórum Municipal de Cultura de, Fundo de Fomento ao Teatro, Fundo Municipal de Investimentos Culturais

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