Um Novo Amor: um filme que te fará respeitar histórias simples
25 JUL 2018 • POR • 12h29
Senhores, senhoras e afins, me deem um minuto para lhes contar sobre aprendizados, aprendi a respeitar filmes que trazem histórias simples, somos reféns fáceis para mensagens fáceis, e se o objetivo final é contar uma história, digamos que Um Novo Amor, fui a vítima perfeita e o "carrasco cruel", mas justo, dos meus conceitos cinematográficos.
Um filme cuja a simplicidade que se é capaz de criar pré-conceitos nas primeiras cenas, aí conforme os minutos passam percebemos que a simplicidade da mensagem se fez eficaz e gostosa, pois após vários minutos estamos querendo ainda mais o filme e queremos ver aquela história, torcemos ou não por um desfecho legal, mas o fato é que pouco importa o desfecho, não era do meu querer sincero que aquele encontro acabasse.
O filme
Um Novo Amor conta a história de George Hartman, um cirurgião cardíaco, e seu filho Conrad. Ele está indo levar o jovem para um tour pela Universidade de Middleton, onde, segundo o pai, é o local mais adequado para o filho estudar. Porém, o garoto não quer saber do campus. Chegando no estacionamento do campus, George conhece Edith, de um jeito bem peculiar. — Não precisamos dizer como se conhecem, mas preciso dizer que tenham cuidado ao verem essa cena, ela revela todas as manobras usadas para contar essa história.
Para dar brilho e vários tons de humor a essa história, temos do outro lado Edith Martin, dona de uma loja que vende móveis antigos, e para equilibrar os ânimos temos sua filha Audrey, que quer muito estudar em Middleton e ser aluna de Roland Emerson, um dos professores mais importantes da faculdade, além de ser um linguista de sucesso. Porém, a mãe não tem certeza se Middleton é bom para a filha. Como muitos jovens, não sai do celular e usa bastante a arrogância para com a mãe.
Podemos pedir licença aos criadores para dividir o filme em três linhas; Linha 1
Após a saída do estacionamento temos um reencontro dos personagens no tour. O Tour que é conduzido por, Justin (Nicholas Braun), ou como ele se denomina 'estrume'. Temos aqui um diálogo extremamente chato desse personagem, diálogo esse que não conduz a lugar nenhum, mas tem uma função, passar o tempo para a aproximação dos personagens, Edith Martin e George Hartman, e não o diálogo de Justin, mas sim sua história pregressa nos dá a permissão de explorar o campus de Middleton sem que sejamos incomodados.
A interpretação dos atores Vera Farmiga e Andy García, segura uma história sensível e introspectiva, nada do passado dos personagens é revelado, sabemos apenas que ambos são ou tem algum relacionamento sério fora dali. A direção de Adam Rodgers, nos faz crer que sua sensibilidade para o cinema comercial cresce a cada novo projeto, ele que já roteiriza para Sony, Fox, e busca uma identidade para suas obras.
Linha 2 - Os opostos se atraem
Com uma certa verdade, os roteiristas capricharam e foram expositivos nesse sentido na hora de imprimirem as diferenças entre esses dois personagens. Mas também tiveram uma ótima sacada, deslocando o mundo dos personagens para uma espécie de 'conto de fadas da vida real', isso mesmo, usando-se basicamente da ilusão da realidade. Após um, dois e até três confrontos diretos entre os protagonistas, começa as inventar saídas de boas experiências, o que nos leva a crer que a possibilidade de uma reação de amor por uma boa experiência nascesse ali. O que nos leva diretamente a linha três.
Linha 3 - Com amor implantado
Após nos convencerem de todo o amor que poderia ter surgido, a proposta de um beijo esperado é guardado a "sete chaves", um filme cujo os recursos linguísticos são de alta sagacidade e que propõe um jeito singelo de dizer, 'espere mais um pouco', nos conduzindo a uma certa aflição para saber, se o tal beijo aconteceu ou não. A proposta de um caos e de humanidade pura, nos faz refletir, certamente você irá querer sentir isso.
Galera, o filme é muito lindo, tecnicamente é um 'arroz com feijão', mas o tempero é muito bom. Vale citar novamente as grandes atuações de Andy Garcia e Vera Farmiga. Não precisamos citar trabalhos anteriores de ambos os atores, o êxito nessa obra é destaque em sua carreiras.
Curiosidade
Vera Farmiga e Taissa Farmiga, na vida real são irmãs. — Isso mesmo, irmãs. Vera é mais velha que Taissa "só" 21 anos (Vera tem 42 e Taissa, 21) e ainda por cima fazem aniversário no mesmo mês. — Vera faz no dia 6 e Taissa no dia 17. Foi através de Vera que Taissa entrou pro cinema. Ambas são norte-americanas com descendência ucraniana. Possuem seis irmãos. Uma delas também faz uma participação no filme.
#Assista
E por que digo com tanta certeza que vai gostar? Por que se lê TeatrineTV obviamente gosta de novas experiências e essa é uma das novas experiências que gostaria muito de ter lhe indicado...
Bjinhos... Até mais!