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CAMPO GRANDE (MS)

Em 4 dias, 'Campão Graffiti' leva oficina a escolas municipais e colore rua do Nhanhá

Ação Cultural foi viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo

12 MAR 2025 • POR ALY FREITAS • 17h00
Imagem principal
Comunidade viu rua sendo revitalizada com arte | Foto: Lucas Arruda

O Campão Graffiti aconteceu de 5ª.feira (6.mar.25) a domingo (9.mar), em Campo Grande. 

A ação cultural, viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura via Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, enalteceu a arte urbana com oficinas em escolas municipais e a transformação da Rua do Comércio, na Vila Nhanhá, em uma grande galeria a céu aberto. 

Na 5ª.feira (6.mar), o projeto iniciou com uma oficina na Escola Municipal Prof. João Cândido de Souza, e na 6ª.feira (7.mar), foi a vez da Escola Ione Catarina Gianoti Igydio, ambas localizadas em áreas próximas às aldeias urbanas Darcy Ribeiro e Água Bonita.

Foto: Cátia SantosOficina foi ministrada para estudantes da rede municipal de Campo Grande | Foto: Cátia Santos

As oficinas foram ministradas pelo grafiteiro amazonense André Hullk, que compartilhou sua vivência entre o grafite urbano e o grafismo ancestral com os estudantes em uma proposta de integração entre graffitti e as raízes culturais dos povos originários. 

Para o grafiteiro André Hullk, o evento representou uma oportunidade de levar arte a lugares que normalmente não têm acesso a exposições ou museus. "O grafite vai até onde a arte tradicional não chega. Para muitas crianças e jovens dessas áreas, o grafite é uma forma de contato com a arte que pode mudar suas vidas", afirmou Hullk, que ministrou a oficina ao lado de San Martinez, idealizador do Campão Graffiti.

Foto: Cátia SantosHullk ministrou a oficina em duas escolas municipais | Foto: Cátia Santos

Além das escolas, o projeto alcançou a Rua do Comércio, na Vila Nhánhá, onde os muros das casas se transformaram em uma galeria à céu aberto, com obras de artistas de diferentes partes do Brasil e do exterior. 

Enquanto os grafiteiros produziam, a comunidade pôde apreciar uma batalha de Tags e apresentações musicais de Pretisa, Sb Gui e DJ Murphy. 

"Eu cresci na Vila Nhanhá, e sempre vi o bairro sendo estigmatizado. Com esse projeto, queremos mostrar a força da comunidade e levar arte para um lugar que precisa de cor e vida", finalizou San Martinez.

Foto: Lucas ArrudaGrafiteiras, grafiteiros e equipe de produção do Campão Graffitti | Foto: Lucas Arruda

O Campão Graffiti contou com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), do MinC - Ministério da Cultura, do Governo Federal, via edital da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Setesc e Governo do Estado, com apoio do coletivo TransCine - Cinema em Trânsito, Vitória Tintas, Montana Colors (MTN), Sherwin Willians, Águas Guariroba e Colorgin Voldemortink.