Prefeita quer concunhada secretária da Casa Civil e carguinho para o marido, diz vereadora
Extinção da secretaria de Cultura e Turismo seria para 'abrir espaço no orçamento'
5 DEZ 2024 • POR TERO QUEIROZ • 13h58A vereadora Luiza Ribeiro (PT), em entrevista ao TeatrineTV nesta 5ª-feira (5.dez.24), revelou que circula na Câmara dos Vereadores a informação de que a prefeita Adriane Lopes (PP) pediu o fim da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur) e da Secretaria do Meio Ambiente para conseguir criar a Secretaria da Casa Civil e uma secretaria de Articulação Regional, que seriam ocupadas pelos parentes da gestora.
"Estamos impedindo, através também de emendas supressivas, que seja aprovado aqui o que a gente chama de verdadeira aberração. A criação de uma secretaria de Articulação Regional, sem nenhuma atribuição descrita, que nós não sabemos o que é. E uma secretaria da Casa Civil. Aqui na Câmara dos Vereadores passam por nós algumas informações de que seria para nomear como secretária a parenta da prefeita, a senhora Thelma [Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes], que hoje é chefe de gabinete da prefeita. Então, a prefeita estaria fazendo uma secretaria para nomear a própria cunhada e uma outra secretaria, que é a de Articulação Regional, para abrigar interesses do deputado Lídio Lopes, que é esposo da prefeita, em razão de um Consórcio de Municípios liderado por ele e pessoas ligadas a ele. Então, é um abuso dos recursos públicos, é um desmonte da estrutura administrativa da prefeitura, e a gente não pode concordar", denunciou Luiza Ribeiro.
A vereadora se posicionou contra a extinção das pastas da cultura e meio ambiente. "A gente precisa conservar a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, então estamos fazendo uma emenda para manter a Sectur e também entendemos como um equívoco absurdo, ainda mais diante dessa crise climática gravíssima, a extinção da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos. Então, também estamos fazendo uma emenda para manter a Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, com fundamento na necessidade de uma secretaria específica", pontuou.
Ribeiro lembrou que a proposta de Adriane foi negada pela chefe do Progressista no governo passado. "Só para se ter uma ideia do equívoco da prefeita a respeito do entendimento dela sobre a Secretaria do Meio Ambiente, ela tentou fazer a junção com a Secretaria da Produção (Indústria, Comércio e Serviços), mas essa junção não foi nem aceita pela líder dela, que é a Tereza Cristina, quando foi o início do governo do Bolsonaro. Enfim, é o fim do mundo aceitar uma coisa dessas, né?".
Além de impedir a criação das 'secretarias', Luiza disse que vai propor uma solução em prol das mulheres da cidade. "E por último, nós estamos transformando a Subsecretaria da Mulher em Secretaria de Políticas para as Mulheres, porque o governo federal, que hoje financia grande parte dessa política, exige que haja um organismo municipal instituído como secretaria, com autonomia, para que os municípios recebam investimentos do governo federal. Então, até para não prejudicar os investimentos do governo federal na política de gênero aqui em Campo Grande, nós estamos transformando a subsecretaria da mulher em Secretaria da Mulher", concluiu.