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PATRIMÔNIO IMATERIAL

'Permeando a Capoeira pelo Mato Grosso do Sul' realiza 3 dias de ações na Capital

A abertura das atividades é nesta quinta-feira (29), às 18h

29 AGO 2024 • POR TERO QUEIROZ • 17h50
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Projeto cultural finaciado pelo Fundo de Investimentos Culturais de 2022. Foto:

O projeto "Permeando a Capoeira pelo Mato Grosso do Sul" encerra sua jornada no estado com uma programação especial em Campo Grande, que acontece de quinta a sábado, de 29 a 31 de agosto. Nesses três dias a capital será palco de uma série de eventos celebrando a riqueza cultural da Capoeira Angola, com uma agenda diversificada que inclui oficinas, rodas de capoeira e rodas de conversa.

A abertura das atividades é nesta 5ª.feira (29.ago), às 18h, com uma oficina ministrada pelos professores Alessandra e Victor. A noite prossegue com uma roda de capoeira programada para às 20h. As ações desta quinta ocorrem no espaço do Mestre Pequeno, no Grupo Camuangá, situado na Rua Taumaturgo, 128, Aero Rancho.

Na 6ª.feira (30.ago), o Mestre Leninho conduzirá uma oficina às 18h, seguida por uma roda de capoeira às 19h. 

O último dia, sábado (31.ago), contará com uma intensa programação: a partir das 9h, o Mestre Pequeno conduzirá uma oficina, logo após, às 10h, será a vez da Mestra Jararaca. Às 15h, o Mestre Renê assume a oficina, e a tarde ainda terá uma roda de conversa às 16h e uma roda de capoeira para encerrar o evento às 17h. 

As atividades de sexta e sábado serão realizadas no Teatro de Arena do Horto Florestal, localizado na Av. Fábio Zahran, 316, Centro.

Marcos Campelo, capoeirista de Campo Grande (MS) e um dos idealizadores do projeto.Marcos Campelo, capoeirista de Campo Grande (MS) e um dos idealizadores do projeto.

Marcos Vinícius Campelo Júnior, um dos idealizadores do projeto, ressalta a importância da capoeira como ferramenta de inclusão e desenvolvimento social. "Levar a capoeira para diferentes cidades tem sido uma experiência enriquecedora. A recepção calorosa em cada local demonstra o quanto a capoeira é valorizada no Mato Grosso do Sul". 

Outro idealizador do projeto 'Permeando a Capoeira pelo Mato Grosso do Sul', Rafael de Sá. 

Rafael de Sá, também idealizador do projeto, ressaltou a produtividade e a força da capoeira no MS. "O projeto tem sido extremamente produtivo, pois revela a força da capoeira em Mato Grosso do Sul. Isso é visível na diversidade de pessoas que participam, especialmente das crianças, que são o futuro desta arte. A energia e o interesse demonstrados por todos confirmam a importância de continuarmos a investir na capoeira como ferramenta de inclusão e desenvolvimento social".

O projeto tem se beneficiado da participação de mestres de várias partes do Brasil e até do exterior, enriquecendo as trocas culturais e técnicas. Além disso, "Permeando a Capoeira pelo Mato Grosso do Sul" realiza um trabalho de documentação histórica, criando audiografias que registram depoimentos dos mestres sobre a capoeira em cada cidade visitada, garantindo a preservação dessa arte. “A capoeira é uma fonte de conhecimento para além da prática física, então ela merece ter esse registro, ser tratada, ser valorizada como todas as outras práticas que são difundidas enquanto história do nosso país. É fundamental que a gente tenha o registro dessa memória cultural, porque em geral são práticas trabalhadas dentro de uma partilha oral que é de geração para geração e que muitas vezes vai se perdendo, às vezes pela falta de incentivo, às vezes pela falta de interesse”, pontuou a artista visual e coordenadora do projeto, Vanessa Bohn.

Antes de chegar à Capital de MS, o projeto circulou levando vários mestres às seguintes cidades:  

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O projeto recebeu R$ 250 mil de apoio ao ser contemplado em um edital do  Fundo de Investimentos Culturais (FIC) de 2022, gerenciado pela Fundação Municipal de Cultura de Mato Grosso do Sul (FMCS), vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), do Governo de Mato Grosso do Sul. Eis a íntegra.  

A capoeira, apesar de ser reconhecida como patrimônio imaterial da humanidade pelo IPHAN, enfrenta desafios de preservação. Com isso, de acordo com os idealizadores, o projeto visa registrar e valorizar a memória dos mestres, fortalecer a prática da capoeira e promover a luta contra o racismo e a exclusão social. Envolve mestres e mestras, e jovens em vulnerabilidade, reforçando o compromisso com a equidade e a diversidade.

SERVIÇO 

Mais informações estão disponíveis no Instagram (@ayoka_cultural).