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FESTIVAL DE INVERNO

Com cachês de R$ 10 mil, XVIII FIB abre edital para atrações regionais

O festival ocorrerá entre 21 e 25 de agosto de 2024 no município de Bonito (MS)

2 AGO 2024 • POR TERO QUEIROZ • 11h38
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Da esquerda para a direita o trio: Edu Mendes, chefe da FCMS, o governador Eduardo Riedel e o secretário de Esporte, Turismo e Cultura, Marcelo Miranda. Foto: Tero Queiroz

Lançado em Campo Grande (MS) em 29 de julho, o 23º Festival de Inverno de Bonito 2024 teve a abertura do edital para programação regional nesta 6ª.feira (2.ago.24). 

O festival ocorrerá entre 21 e 25 de agosto de 2024 no município de Bonito (MS).

Como mostramos aqui no TeatrineTV, a Associação dos Artistas paulista (CNPJ 03.890.545/0001-09) foi a Organização da Sociedade Civil (OSC) habilitada para celebrar um Termo de Colaboração, junto a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que tenha por objeto a execução do XXIII Festival de Inverno de Bonito (FIB), com teto de R$ 6,5 milhões. 

O valor acima mencionado é apenas para a execução do festival e pagamento de artistas regionais, pois os artistas nacionais a FCMS já está pagando, como mostramos aqui

Os artistas regionais, diferentemente dos nacionais, são selecionados por meio de edital público, o qual segue com inscrições abertas 9 de agosto de 2024.

O Festival, que tem o tema “Da Terra Viva, Nossa Arte Vibra”, contará com cinco dias de atividades culturais, incluindo música*, dança, gastronomia, teatro, circo, literatura, artesanato, moda e economia criativa. A média do cachê é de R$ 10 mil.

INVESTIMENTOS E PARCERIAS

Além do investimento do governo alocado para o evento, que espera atrair mais de 30 mil visitantes, a prefeitura de Bonito, por meio do Departamento de Cultura, deve investir R$ 350 mil na contração de artistas da cidade. "Temos algumas contrapartidas, dentre elas a contratação de artistas locais, camisetas, alguma estrutura, ao todo vai dar uns R$ 350 mil. Nós vamos chamar os artistas por meio do edital que temos, cadastramento que abrimos no começo de cada ano", detalhou o responsável pela cultura Lelo Marchi. 

O chefe da FundTur, Bruno Wendling. Foto: Tero Queiroz O chefe da FundTur, Bruno Wendling. Foto: Tero Queiroz 

Apesar de atuar na promoção do festival a nível nacional, a Fundação de Turismo de MS, nesse ano não realizou investimentos na ação cultural. "A gente sempre investe na questão do Carbono Neutro, mas nesse ano deixamos para a Fundação de Cultura... Nós atuamos na promoção do Festival, como por exemplo umação que fizemos lá em São Paulo, mas nesse ano a responsabilidade é da Fundação de Cultura", explicou Bruno Wendling, diretor presidente da Fundtur. 

CORRIGIR ERROS...

Esse é Eduardo Mendes, diretor-presidente da FCMS. Foto: Saul SchrammEsse é Eduardo Mendes, diretor-presidente da FCMS. Foto: Saul Schramm

Esse ano, anotamos aqui, que a FCMS eliminou o Cinema da programação do Festival. A entidade também reduziu a presença de algumas atrações de teatro e circo, por exemplo.

De acordo com Eduardo Mendes, diretor presidente da FCMS, a decisão sobre o Cinema foi de gestão. "Como estava sendo feito não funcionava. O Cinema daquela maneira..., era feito de uma maneira que não valorizava a produção, então optamos por retirar nessa edição para pensar uma maneira de apresentar uma solução", justificou o gestor numa conversa com a reportagem no lançamento do festival em 29 de julho, no hall do Centro Cultural José Octávio Guizzo.

Naquela ocasião também questionamos Eduardo sobre qual seria a estratégia do FCMS para envolver mais a população. "Temos feito um trabalho conjunto com a Fundação de Turismo para gerar esse engajamento local, que reconhecemos que é um dos nossos desafios. Estamos fazendo escutas para chegar a um modelo que atenda o turista e a população. O festival é uma vitrine do Estado para o país e estamos focados em fortalecê-lo cada vez mais", argumentou Edu.

Ângela Montealvão, do Fesc, compôs o dispositivo de autoridades no Teatro Aracy Balabanian. Foto: Tero Queiroz Ângela Montealvão, do Fesc, compôs o dispositivo de autoridades no Teatro Aracy Balabanian. Foto: Tero Queiroz 

A responsável pelo Fórum Estadual de Cultura (FESC-MS), Ângela Montealvão, pontuou que o anseio maior da classe nessa 23ª edição é que erros sistemáticos não se repitam. "Eu acho que o FIB é um dos grandes eventos para promoção nossa cultura, que nós não podemos perder que é para nós. Por exemplo, a França agora teve a oportunidade de se mostrar para o mundo, qual ferramenta ela escolheu? A cultura! Então, esperamos que essa edição tenha zelo com a parte local, atender os artistas com uma dignidade, porque essa é uma queixa que se repete, o mal atendimento ao artista local. Então, nossa expectativa é que nessa edição tenha uma atendimento adequado no palco, hotel, alimentação, bastidores em geral, esse é o nosso desejo maior, que sejamos respeitados assim como respeitam esses artistas nacionais que vem", declarou.  

*Além de eliminar o Cinema, observa-se nesse edital que foi removida também a oportunidade para seleção de atrações musicais regionais. À altura da entrevista com Edu, ainda não se sabia da remoção da música também. Nesta 6ª.feira, a reportagem questionou a FCMS por meio de e-mail enviada à assessoria, para esclarecer se não haverá de fato oportunidade para atrações musicais regionais. O site aguarda o posicionamento.    

CATEGORIAS E PREMIAÇÕES

Artes Cênicas:

Cultura Hip Hop:

Cultura de Rua:

Cultura Ballroom:

Artes Visuais:

Moda:

Oralidades:

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Conforme o edital, a seleção será realizada por comissões especializadas para cada categoria, levando em conta a qualidade artística, técnica, e a relevância cultural das propostas. O resultado será publicado em 14 de agosto de 2024.

Para mais informações e envio das propostas, os interessados podem acessar os links disponíveis nos formulários específicos para cada categoria no Diário Oficial Eletrônico. A íntegra AQUI

ATRAÇÕES NACIONAIS E NOVIDADES

O governador Eduardo Riedel falou à imprensa no hall do teatro. Foto: Tero Queiroz O governador Eduardo Riedel falou à imprensa no hall do teatro. Foto: Tero Queiroz 

Entre os artistas nacionais já confirmados estão Alexandre Pires, Zé Ramalho, Olodum, Monobloco, Teodoro Sampaio e Sandra de Sá. A programação completa será divulgada ao longo da semana. Os já confirmados cantarão nos seguintes dias:

Durante o lançamento, a Fundação de Cultura destacou que o festival deste ano contará com inovações tecnológicas, como painéis 3D e LED, e atividades educativas focadas em arte, cultura, turismo ecológico e empreendedorismo.

As apresentações ocorrerão em três palcos distintos: o principal será montado em frente à Praça do Rádio Clube, o segundo na Praça Central e o terceiro no Centro de Múltiplo Uso, dedicado ao Festival Bonitinho, voltado para o público infantil.

Em seu discurso, Eduardo Mendes ressaltou a importância de integrar inovação e tecnologia com a preservação do patrimônio histórico local, como a igreja central da praça, que está comemorando 95 anos de congregação e 92 anos de construção.

O governador Eduardo Riedel esteve no lançamento do festival, e avaliou o impacto positivo da ação economia e na visibilidade cultural e turística de Mato Grosso do Sul. Riedel sustentou que Bonito está se consolidando como um destino turístico de alta temporada, mesmo fora dos períodos tradicionais de férias e feriados.

(*) - Atualizamos acrescentando esse trecho, após a publicação da reportagem.