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'ARTISTA CAC'

Músico bolsonarista é preso após atirar em pedreiro 'por atraso em obra'

Artista da Capital de MS tinha até fuzis em casa

16 JUL 2024 • POR TERO QUEIROZ • 10h29
Imagem principal
Gideão Dias. Foto: Redes

O músico bolsonarista Gideão Corrêa Dias, de 41 anos, foi preso flagrante na tarde da 2ª.feira (15.jul.24) após disparar 12 vezes contra o tanque da moto de um pedreiro, de 51 anos, no Jardim Bonança, em Campo Grande (MS).

Segundo o Boletim de Ocorrência, Gideão estava com uma pistola 9 milímetros e se identificou como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), apresentando toda a documentação para posse da arma de fogo.

De acordo com o registro, o pedreiro fugiu com medo de ser atingido e procurou a Polícia Militar ao chegar a uma esquina próxima.

A PM relatou que Gideão efetuou os disparos após uma discussão devido ao atraso na entrega de uma obra na residência sua residência.

O pedreiro explicou que foi contratado no ano passado para realizar uma reforma na casa do músico, mas houve desentendimentos devido ao ritmo lento da obra, agravado por pedidos adicionais de serviços feitos por Gideão, que acabavam por atrasar o trabalho.O pedreiro contou que após a discussão, o músico se trancou em casa e, ao ouvir que o pedreiro voltaria para buscar suas ferramentas, pegou a arma e disparou contra a moto.

Durante a busca na residência do músico, a polícia encontrou outras três armas, incluindo fuzis, registrados guardados em um cofre.

Gideão foi preso em flagrante pelos crimes de disparo de arma de fogo em via pública e ameaça, sendo encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Cepol.

NOTA DA DEFESA DE GIDEÃO

Nota de esclarecimento e defesa 

Na tarde desta segunda-feira, 15, o músico Gideão Dias, foi encurralado em sua própria casa por um pedreiro que trabalhava em uma obra de reforma.

De acordo com a família, o profissional arrastava a obra por mais tempo do que havia prometido e ao chegar na casa do músico solicitou mais dinheiro, sendo que o mesmo já havia recebido mais do que o valor cobrado, um montante de R$ 24 mil.

Ao receber a cobrança, Gideão, que estava trabalhando como auxiliar do pedreiro, o questionou, alegando atraso na entrega. Ao ser interpelado, o profissional, que tem passagem na polícia, encurralou o músico em um dos quartos da residência, ameaçando-o com ferramentas da obra.

Ao conseguir se desvencilhar dos ataques, Gideão, que tem porte de arma, conseguiu salvar sua vida e tirar o rapaz de dentro da sua casa, agindo em legítima defesa.

O músico, que é réu primário, possui conduta ilibada e responderá por seus atos.