"Campo Grande teve a sua parte cultural abandonada", diz Camila Jara
Pré-candidata prestigiou a inauguração de novo espaço cultural na Capital
10 JUN 2024 • POR TERO QUEIROZ • 21h26A deputada federal e pré-candidata a prefeita de Campo Grande (MS), Camila Jara (PT), prestigiou a inauguração da Embaixada Indígena de na Capital sul-mato-grossense na noite de sábado (8.jun.24).
O evento que teve início às 18h contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, com presença do secretário-executivo do mesmo ministério, Eloy Terena, deputados e diversos pré-candidatos indígenas.
Como a prefeita da cidade, Adriane Lopes (PP) e nem a secretária de Cultura e Turismo (Sectur), Mara Bethânia, não compareceram na inauguração no novo espaço cultural da cidade, a reportagem procurou Camila para ouvir suas impressões sobre investimentos em políticas públicas para as artes na Capital. "Campo Grande teve a sua parte cultural abandonada nos últimos anos, então a gente não vê uma política pública fixa de cultura, o que a gente vê são eventos pontuais", protestou a petista.
Jara ainda lamentou as perdas que todo o estado tem por não haver uma política pública cultural efetiva na Capital. “Quando a gente fala da cultura indígena o estado perde muito em promoção internacional, perde muito em promoção local, porque a nossa grande potencialidade é a cultura indígena. A gente já teve por exemplo alguns estilistas de marcas famosas de marcas famosas interessadas no artesanato indígena, interessada em todas as produções indígenas e eles não conseguiram fechar os negócios porque não tinha um estudo dessa cadeia de produção, um incentivo geral para todos esses projetos”, exemplificou.
Ainda segundo a pré-candidata, a Capital sul-mato-grossense precisa se reconhecer a arte indígena como potencialidade e desenvolver ações de fortalecimentos das artes tendo isso como norteador. “A gente precisa acreditar que a marca de Campo Grande vai ser a marca indígena, a marca da cultura indígena, a partir daí temos que desenvolver políticas de incentivo e que dê vazão, principalmente para que as mulheres indígenas que representa o artesanato consigam viver da renda da cultura indígena”, opinou.
Provocada a comentar como seria uma futura composição da Sectur em sua administração, Jara garantiu que haveria protagonismo indígena. “Com toda certeza, na nossa coordenação já temos [indígenas], a prioridade do nosso mandato lá em Brasília é a parte indígena, tanto é que a grande batalha nossa é na frente com a Célia e nós temos, com toda certeza, indígenas preparadas para discutir a política pública”, finalizou.