Débora repete ataque com soda cáustica, igual foragida de MS por cegar tatuador
Há mais de um ano foragida, Sônia Obelar Gregório pode estar inspirando 'discípulos' no paraná
25 MAI 2024 • POR TERO QUEIROZ • 11h45Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, foi atacada com soda cáustica arremessada por Débora Custódio, de 22 anos, na Rua de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, na tarde de 4ª.feira (22.mai.24).
A Polícia Militar paranaense prendeu a autora do ataque horas depois.
A vítima está em estado grave internada no Hospital Universitário (HU) de Londrina.
O caso é extremamente semelhante ao protagonizado em Campo Grande (MS) pela foragida Sônia Obelar Gregório, de 42 anos.
Vamos lembrar que na noite de 22 de fevereiro de 2023, Sônia jogou soda cáustica no rosto do ex-namorado, o tatuador Leandro Coelho Marques, de 31 anos. O ataque cegou o jovem artista e Sônia segue foragida, tendo sido rastreada pela última vez justamente no Paraná.
Esse caso foi denunciado aqui no TeatrineTV, em diversas reportagens, em que detalhamos o perfil possessivo de Sônia, que é uma extremista evangélica.
Desde 13 de março do 2023, há mandado de prisão em aberto contra Sônia.
Em fevereiro do ano passado, logo após o ataque, Sônia contratou o advogado Valdecir Sebastião Teixeira, de Curitiba, capital paranaense, para representá-la. O defensor chegou a apresentar um documento na 5ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Piratininga, descrevendo interesse da cliente de prestar esclarecimentos. No entanto, ela nunca compareceu ao local.
Nascida em Foz do Iguaçu, Sônia indicou à justiça endereço no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, mas a polícia esteve no local e não a encontrou.
Sônia foi indiciada por lesão corporal gravíssima. A pena prevista é de 2 a 8 anos de reclusão.
SEMELHANÇAS NOS CRIMES
Sônia atacou Leandro quando ele saia da academia.
Débora atacou Isabelly quando ela estava indo para a academia.
Ambas as criminosas foram motivadas por ciúmes. Sônia não aceitava o término com Leandro.
Já Débora, mantinha relacionamento com um ex-namorado de Isabelly. Antes do crime, Débora teria encontrado mensagens antigas entre seu companheiro e Isabelly. Ela também alegou à polícia que sentia-se constantemente debochada por Isabelly.
Ambas as acusadas usaram soda cáustica e miraram os rostos das vítimas.
No caso de Leandro, Sônia queria impedir que ele tatuasse os corpos de mulheres. Ela conseguiu o cegar completamente, atingindo seu objetivo macabro.
No caso de Isabelly, familiares pedem orações à vítima que luta pela vida no hospital com danos severos na face, ainda sem detalhes sobre a visão.
A CRIMINOSA DO PR
Presa, Débora confessou o ataque e disse que misturou água e soda cáustica para ferir Isabelly.
A polícia apreendeu uma peruca, óculos e boné utilizados por Débora como disfarce para praticar o crime. Além disso, recipientes foram localizados próximo ao local do ataque contendo resíduos de soda cáustica.
A mulher presa deve responder pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil (tentativa), emboscada, meio cruel e feminicídio (tentativa).
INVESTIGAÇÕES
Ao menos 15 pessoas já foram ouvidas sobre o caso de Isabelly, indicando que o crime premeditado pode contar com comparsas.
A reportagem tentou contato com as delegacias paranaenses nesse sábado (25.mai.24), mas os telefonemas não foram atendidos. Iríamos questionar as autoridades se sabem que vive no estado Sônia Obelar, e se por ventura Débora conhece Sônia.