Inscrições abertas para o 'Treino da Raba'

Projeto busca desmistificar o entendimento sobre as danças que envolvem o quadril e a pelve

A dançarina e professora de dança Lívia Lopes conduzirá o projeto "Treino da Raba" nos dias 18 e 19 de maio, no Armazém Cultural, em Campo Grande (MS). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas AQUI.

O evento conta com intérprete de Libras e busca desmistificar o entendimento sobre as danças que envolvem o quadril e a pelve, convidando o público a se reconectar com seu corpo e a trabalhar sua autoestima por meio de workshops de Dancehall, Twerk, Floor Twerk e Funk (passinho). No encerramento, haverá uma roda de conversa sobre o empoderamento do corpo e a luta contra a gordofobia.

Ao TeatrineTV, Lívia explicou que o projeto, incentivado pelo Fundo de Investimentos Culturais (FIC/MS), surgiu à partir de suas experiências como professora de dança, ao perceber pessoas que queriam dançar, mas sentiam vergonha. “Eu dava aula de Femme-dance, misturava o Street Jazz, um pouco também de Dancehall, um pouco de danças de matrizes africanas. Percebi o quanto aquilo era importante, principalmente quando eu via mais mulheres entrando na minha turma, também pessoas LGBTQIAPN+. Então, senti essa necessidade de trabalhar algo voltado para esse público. Quando conheci o Twerk, deu um start de começar, de fazer algo relacionado a isso. E quando vi, estava misturando outras linguagens da dança, além do Twerk, que foi o Dancehall e o Funk", detalhou. 

Além de Lívia, o Treino da Raba conta com a presença de grandes nomes da dança no Brasil: a recifense Briê, fundadora da primeira escola de Twerking em Pernambuco, a carioca Celly, integrante do Bonde do Passinho e a paulista Jhey Oliiver, pesquisadora de DanceHall e ex-dançarina de artistas como Rico Dalasam, Gaby Amarantos, Monkey Jam, Elza Soares, Pablo Vittar, Ludmilla, Alice Cayummi e Tássia Reis.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

Workshop de Dancehall

O que é: O Dancehall nasceu e se desenvolveu na Jamaica, nos bailes dentro de periferias e tem forte influência da cultura afrobrasileira e da música reggae.

Quando: Sábado (18.mai), das 10h às 12h e Domingo (19.mai), das 17h30 às 20h30

Ministrante: Jhey Oliiver - Leia a minibiografia da professora

Foto: Divulgação/ Instagram

Workshop de Twerk

O que é: O Twerk possui uma origem ancestral, com influências das danças africanas, como a dança mapouka (a dança das costas), situada na Costa do Marfim. Por conta da diáspora africana, ela se transformou e se fortaleceu graças à cena bounce music/hip hop, que aconteciam nas periferias de Nova Orleans (EUA) na década de 90, viralizando em 2013 através de músicas e videoclipes.

Quando: Sábado (18.mai), das 14h às 16h e Domingo (19.mai), das 16h15 às 18h15

Ministrante: Briê - Leia a minibiografia da professora

Foto: Divulgação/ Instagram

Workshop de Floor Twerk

Quando: Sábado (18.mai), das 16h15 às 18h15 e Domingo (19.mai), das 10h às 12h

Ministrante: Lívia Lopes- Leia a minibiografia da professora

Foto: Divulgação/ Instagram

Workshop de Funk (passinho)

O que é: O Funk, influenciado pelo funk americano (ou o Funk do James Brown), chegou ao Brasil nos anos 80 e se popularizou pelas festas no Rio de Janeiro, até alcançar as periferias e favelas cariocas. A partir dos bailes funk, surgiram movimentos, conhecidos como passinhos, até chegar ao quadradinho como conhecemos hoje entre tantas outras vertentes desta dança.

Quando: Sábado (18.mai), das 18h30 às 20h30 e Domingo (19.mai), das 14h às 16h

Ministrante: Celly- Leia a minibiografia da professora

Foto: Divulgação/ Instagram

Mais informações podem ser obtidas no Instragram do projeto @treinodaraba