Ativistas invadem proteção do Louvre e jogam sopa de abóbora na Mona Lisa
Ação ocorreu em uma semana marcada por protestos de agricultores que pedem melhorias nas condições de trabalho
28 JAN 2024 • POR ALY FREITAS • 13h39Na manhã deste domingo (28.jan.24) uma dupla de ativistas do movimento Riposte Alimentaire invadiu uma barreira de segurança do Museu do Louvre, em Paris, e jogou sopa de abóbora no vidro que protege a obra 'Mona Lisa', do pintor italiano Leonardo Da Vinci.
Após o ato, uma das ativistas retirou seu casaco e revelou uma camiseta com os dizeres 'Riposte Alimentaire' (resposta alimentar) enquanto gritavam, em francês: "O que é mais importante? A arte ou o direito a um sistema alimentar saudável e sustentável? O nosso sistema agrícola está doente. Os nossos agricultores estão morrendo no trabalho. Um em cada três franceses não come todas as refeições todos os dias". Em seguida, a equipe do museu rapidamente posicionou biombos diante das manifestantes e retirou o público do salão. A obra de arte não foi danificada.
Conforme o portal Nice-Matin, o Louvre não impede que os visitantes levem comida, já que existem lanchonetes em seu interior, mas, no caso das ativistas, a sopa estava escondida dentro de garrafas térmicas. Assista:
A ação ocorreu em uma semana marcada por protestos de agricultores que bloquearam estradas de toda a França enquanto pedem melhorias nas condições de trabalho e questionam a regulamentação da proteção ambiental do país.
Em comunicado, a Riposte Alimentaire disse que o protesto ocorrido no Louvre busca destacar a necessidade de proteger o meio ambiente e as fontes de alimentos. O grupo também exige do governo francês um cartão de 150 euros mensais para a compra de alimentos.
A recém nomeada ministra da Cultura da França, Rachilda Dati, condenou a ação dos ativistas. "A Mona Lisa, tal como a nossa herança, pertence às gerações futuras. Nenhuma causa pode justificar que a obra seja alvo".
Atualmente, 38% dos europeus já não fazem três refeições por dia. Além disso, o sistema alimentar é responsável por cerca de um quarto das emissões de gases de efeito de estufa no mundo.