'Conferência foi afetada por desarticulação de alguns anos', diz Caroline Garcia
Chefe do Escritório do MINC em MS faz análise do evento de 3 dias realizado na Capital
22 NOV 2023 • POR TERO QUEIROZ • 22h59A chefe do Escritório Estadual do Ministério da Cultura em Mato Grosso do Sul, Caroline Garcia de Souza, comentou a realização da IV Conferência Estadual de Cultura (IV CONEC), que teve início na 2ª feira (20.nov) e terminou nesta 4ª feira (22 de novembro de 2023), no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande (MS).
Para Garcia, eventos em prol do debate da política cultural devem ser contínuos e o evento na Capital foi exitoso. "É sempre muito importante que aconteçam momentos como esse, conferências, encontros, reuniões, mobilização e organização da categoria, dos gestores, de todos os envolvidos na cultura. É muito positivo, nós tivemos muita gente envolvida no debate, delegados, em sua grande maioria que participaram das conferências municipais e foram eleitos delegados para estarem aqui, então, nesse sentido foi muito positivo, tiramos propostas gerais, mas também algumas específicas que dizem respeito ao nosso território, como defender políticas específicas para a cultura fronteiriça, para os nossos biomas, para o pantanal, que tem tanta expressão própria aqui da nossa terra, isso eu acho positivo", avaliou.
A chefe do MINC em MS disse que a retomada da cultura integra o projeto de governo do presidente Lula (PT), mas que esta Conferência específica foi afetada por problemas da gestão anterior. "Eu não sei se são críticas ao evento, na verdade é uma consequência da nossa desarticulação de alguns anos, da última gestão. Em relação a essa desarticulação, ao sucateamento das políticas, a redução dos investimentos que nós tivemos nos últimos seis anos, isso obviamente gerou uma consequência que é chegarmos aqui, nem todos, numa prática de debate de construção coletiva que é própria da democracia e que é própria dos governos progressistas, do PT, do Lula e Dilma. Acho que teve esse problema, a gente precisa voltar a exercitar uma prática das decisões coletivas, inclusive em relação às comissões organizadoras, executivas, serem chamadas para debater os pontos, para aprovar todo o processo, mas eu acho que isso não prejudicou no geral a finalização da conferência e é daqui para frente, aprender para ir melhorando os próximos”, observou.
Garcia completou apontando seus desejos para a próxima Conferência de Cultura. “Que nós estejamos mais práticos na construção participativa, tanto no planejamento pra realização, quanto em relação aos debates, as proposições, que as pessoas também do Mato Grosso do Sul tenham entendido a importância de participar das conferências municipais e lembrar que as conferências municipais e estaduais são umaetapa para a Conferência Nacional e que a Conferência Nacional é uma realização do governo federal e mesmo essas outras etapas também e só está acontecendo porque nós voltamos a ter um governo democrático, popular e participativo com o presidente Lula e é sempre muito importante reforçarque essas políticas que democratizam a cultura e os direitos humanos são políticas do nosso campo, do nosso projeto”.
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