"Um certo amadorismo", diz Paulo Carvalho sobre a 4ª Conferência de Cultura em MS
Coxinense comenta evento político-cultural realizado na Capital
22 NOV 2023 • POR TERO QUEIROZ • 20h14Egresso do Movimento Cultural Guaicuru, o coxinense e produtor Paulo Carvalho participou dos 3 dias da IV Conferência de Cultura de Mato Grosso do Sul (IV CONEC) e, durante o encerramento do evento político-cultural nesta 4ª feira (22.nov.23), no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande (MS), ele comentou suas experiências de participações em conferências e criticou a maneira como se desenrolou o encontro que teve início na 2ª feira (20.nov.23).
“Eu participei da primeira Conferência, inclusive eu organizei as duas primeiras municipais lá em Coxim. Essa Conferência é uma retomada desse processo de construção da participação popular nas tomadas de decisão acerca da cultura. E aí a ideia é que cultura seja sinônimo de cidadania”, introduziu.
Apesar do que objetivava o encontro, o trabalhador cultural apontou equívocos que atrapalharam os debates. “Infelizmente pelo tempo que ficamos sem realizar as conferências, essas novas gerações da cultura, de gestores e militantes, ainda não tem a prática. Então, isso provoca um certo amadorismo, tanto na condução da Comissão Organizadora, como entre os participantes. Muita gente não entende que um processo democrático é longo, que todo diálogo ele traz conflitos, todo diálogo ele traz as contradições e essas tem que ser debatidas à exaustão, mas infelizmente a gente fica preso a tempos pré-determinados”, disse.
Conforme Paulo, o ideal seria abrir mais esses espaços, aumentar essas escutas para que mais pessoas possam participar, não só fisicamente, mas participar com ideias, enriquecendo e fomentando o debate.
“Que a Conferência seja mais democrática, de fato. Ampliando de fato o espaço de participação popular. E, principalmente, que os gestores e coletivos que se propõe a organizar, façam uma mobilização verdadeira nas comunidades, porque muita gente que não está ou não esteve aqui nos três dias, foi por falta de informação e de acesso. Então, nosso desejo é que a próxima Conferência possa aumentar o acesso aos fazedores de cultura para estarem aqui debatendo as políticas culturais”, completou.