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Fio do Meio/Vertigem

Cia Gente apresenta premiado "Fio do Meio/Vertigem" em MS

Cia Gente apresenta "Fio do Meio/Vertigem", hoje, 7 de outubro

7 OUT 2023 • POR • 07h05
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Campo Grande recebe o espetáculo "Fio do Meio/Vertigem", parte do projeto "Brasil sem Ponto Final". As apresentações gratuitas tiveram início em 6 e hoje, 7 de outubro, acontece outra sessão no Sesc Cultura. A entrada é gratuita.

O espetáculo é desenvolvido em dois atos, "Fio do Meio" e "Vertigem", e é interpretado pela Cia Gente, do Rio de Janeiro. O projeto é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale e pelo Ministério da Cultura.

Morador de Niterói, Paulo Emílio Azevedo apresenta espetáculo 'Fio do Meio/Vertigem' na Capital de MS — Foto: Divulgação/Felipe Itagiba
Morador de Niterói, Paulo Emílio Azevedo apresenta espetáculo 'Fio do Meio/Vertigem' na Capital de MS — Foto: Divulgação/Felipe Itagiba

O diretor do espetáculo, Paulo Emílio Azevedo, destacou que o espetáculo acontece no cimento e escolheu a praça Ary Coelho por ter um coreto. “Este é um espetáculo que acontece no cimento, não é num palco de teatro. E em Campo Grande ainda serão duas apresentações em locais diferentes, na praça Ary Coelho e no SESC Cultura. A praça, inclusive, foi escolhida por ter um coreto, então caso chova, a apresentação será lá embaixo”, introduziu Azevedo.

Além das sessões do espetáculo, a Cia ofereceu uma oficina criativa chamada "Corpo-Memória", ministrada pelo professor Pedro Brum. O projeto disse ter uma preocupação pedagógica na troca de experiências e culturas com o público local.

Campo Grande é somente a primeira cidade da região Centro-Oeste a receber o ato n°2 do projeto "Brasil sem Ponto Final". O projeto contempla 11 metrópoles brasileiras.

“Voltar a Campo Grande tem um gosto especial, pois já estive aí há cerca de 10 anos. Quando fui, estava sozinho, era meu conteúdo, agora tem uma equipe, pode ter mais trocas e eles são muito generosos com o público. Para mim terá continuidade da troca que tive no passado e uma ampliação dessa troca”, comentou o diretor.

O ESPETÁCULO

No espetáculo "Fio do Meio", o movimento do esbarrão é utilizado para criar uma interação entre corpos e abrir espaços de conversação. A proposta é reterritorializar os usos da cidade e dar visibilidade a corpos que muitas vezes são negados.

Os atores numa das apresentações de "Fio do Meio" para jovens de instituição socioeducativa — Foto: Divulgação/Walter Mesquita

Já em "Vertigem", os corpos dos intérpretes são mediadores de um diálogo intenso, guiado por uma atmosfera que busca o risco e o desconhecido em busca do significado de "política". O conceito de "corpo político que dança" é central na obra de Paulo, desde a década de 90.

Em"Fio do Meio" ou "Vertigem" as interpretações estão por conta de Pedro Brum, Zulu Gregório e Salasar Junior, com assistência de Paula Lopes e direção técnica de Filipe Itagiba e produção de Flávia Menezes. A arte cria diferentes ecossistemas corporais para revelar o que há do outro lado dos muros e tombá-los.

O DIRETOR

Paulo Emílio Azevedo entre os atores Salasar Júnior e Zulu Gregório — Foto: Divulgação/Walter Mesquita
Paulo Emílio Azevedo entre os atores Salasar Júnior e Zulu Gregório — Foto: Divulgação/Walter Mesquita

O diretor do espetáculo é professor, pós-doutor em políticas sociais e doutor em ciências sociais, especializado em antropologia do corpo e cartografia da palavra. Ele é criador no campo das artes cênicas, dramaturgo, escritor e consultor em educação e cultura. Sua pesquisa reflete sobre outras formas de comunicação para diversos protagonismos e redes de sociabilidade na sociedade contemporânea. Ele recebeu vários prêmios, incluindo o "FOCA" e o "Prêmio Funarj de Dança". Sua metodologia de trabalho é baseada em quatro conceitos: desequilíbrio, desobediência, desconstrução e deformação. Ele fundou a Cia Gente e é mentor da Fundação PAZ. O autor tem vinte e um livros publicados e participou de eventos internacionais como o Festival D'Avignon e a Journée d’Etudes Cultures, arts et littératures périphériques dans les Amériques, em Lyon.

Saiba mais em @cia.gente ou pelo site https://fundacaopaz.com.

OFICINA "CORPO-MEMÓRIA"

A oficina propôs o uso do corpo e da voz como estratégias narrativas, utilizando as biografias dos participantes e as experiências interpessoais como protagonismo. A descrição textual e imagética, juntamente com as atmosferas rítmicas, cores e afetos, foram ferramentas utilizadas.

As inscrições deveriam ser feitas até 06/10 - 18h, por meio do formulário disponível na bio do perfil cia.gente.

O OFICINEIRO

Conhecido como Pedrin Brum, o oficineiro é originário de Duque de Caxias (RJ) e atualmente reside em Belo Horizonte (MG). Ele é um dançarino de Breaking que tem se destacado na cena do RJ e MG, com conquistas como o título de campeão da batalha "Game Over" 2x2 e "Under Battle" 1x1, além de ter participado como jurado no campeonato internacional "Breaking de Verão" em 2022. Ele também participou do mini documentário "In Braza" da Redbull Brasil e do mini doc “STREET OFF” do Bboy lilou. Além disso, Pedrin é um intérprete-criador da "Cia Gente", onde desenvolve espetáculos e já se apresentou em Paris e Tremblay-en-France.

TRAJETO DO ATO Nº 01

O projeto está passando por várias regiões do Brasil, incluindo o sul, norte, centro-oeste, nordeste e sudeste. Depois de Campo Grande, o projeto segue para São Luís/MA, João Pessoa/PB, Brasília, Vitória, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A culminância do projeto será na cidade sede da Companhia.

SERVIÇO

Dia 07/10 (Sábado)

*Além do espetáculo, haverá uma exposição dos alunos da oficina "Corpo-memória" e um bate-papo com o diretor e intérpretes sobre a história da companhia após a apresentação de sábado.