Porteiro responderá por espancamento do ator Victor Meyniel
Yuri de Moura Alexandre, suposto médico militar, espancou o ator Victor Meyniel
4 SET 2023 • POR • 15h21O porteiro do prédio onde o ator Victor Meyniel foi espancado, em Copacabana, no último sábado (2.set.23), foi autuado por omissão de socorro.
Conforme nota emitida pela equipe do intérprete de 27 anos, ele foi espancado na portaria de um prédio por motivações homofóbicas e o porteiro assistiu tudo e não interferiu para socorrer o morador do prédio. Eis a nota:
Imagens de circuito interno mostram o momento em que um homem agride o artista com inúmeros socos. A metros dos 2 está um homem que parece ser o porteiro do edifício. Ele não esboça reação. Eis a filmagem:
O vídeo com a agressão contra Meyniel circulou nas redes sociais e depois foi divulgado pela equipe que cuida da carreira e agora também da defesa do ator.
Nesta 2ª feira (4.set), o ator agradeceu sua agência, fãs e sua equipe jurídica pelo apoio. Eis:
PORTEIRO: 'NÃO VI NADA'
A polícia disse que o Porteiro é Gilmar José Agostini que tomou café enquanto Yuri de Moura Alexandre dava uma sequência de socos em Meyniel — Yuri foi preso em flagrante pouco depois da agressão.
A delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana), afirmou que Gilmar não a tratou bem quando foi procurado: "Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas’, contou a delegada, que estava acompanhada de uma oficial de cartório.
Gilmar, então, foi conduzido para a delegacia. “Sabíamos que tinha alguma coisa. Fomos ver as imagens e ficamos perplexas”, disse Débora.
“Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro”, destacou.
“Ele disse que depois interfonou para o síndico, como se o síndico fosse alguma autoridade capaz de fazer alguma coisa naquele momento. Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito", avaliou a delegada.
'BATI MESMO'
A delegada contou ainda que Yuri saiu para malhar logo após bater em Meyniel e foi preso em flagrante ao voltar da academia. Ao ser abordado pela equipe polcial Yuri já chegou dizendo: "Não toca em mim! Eu sou militar, sou médico militar! E bati mesmo. Assumo que bati. Qual é o problema?" contou a delegada, explicando que na verdade o agressor não é militar. “Ele mentiu. Ele não é médico ainda é estudante", esclareceu a investigadora.
Segundo Débora, Yuri vai responder por lesão corporal, falsidade ideológica e injúria por homofobia.
FONTE: g1.