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Iphan vai premiar trabalhos acadêmicos sobre o Patrimônio Arqueológico Brasileiro

Iphan vai premiar trabalhos acadêmicos sobre Patrimônio Arqueológico Brasileiro

20 JUN 2023 • POR • 21h15
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), abriu inscrições para a 11ª edição do Prêmio Luiz de Castro Faria de incentivo à produção acadêmica sobre o Patrimônio Arqueológico Brasileiro. As inscrições podem ser feitas AQUI até 11 de agosto.

Criado em 2013, com o objetivo de reconhecer a pesquisa acadêmica que verse sobre o tema da preservação do patrimônio arqueológico brasileiro, o prêmio leva o nome do museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria (1913-2004). Ele foi um importante articulador das políticas públicas sobre o Patrimônio Arqueológico no Brasil, membro do Conselho Consultivo do Sphan (atual Iphan), com influente atuação na promoção das pesquisas arqueológicas, desenvolvidas juntamente com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição na qual foi pesquisador e diretor.

Nesta edição, a categoria Artigo Científico premiará duas produções acadêmicas relacionadas à temática indígena e diáspora africana no Brasil. Trabalhos relacionados ao tema também podem concorrer às demais categorias.

“A temática deste ano está alinhada com as diretrizes do Iphan para 2023, que tem como objetivo o reconhecimento de ações relacionadas com os povos e as comunidades tradicionais de matriz africana e os povos indígenas. O objetivo é reconhecer e fomentar pesquisas nesse campo”, explicou o presidente do Iphan, Leandro Grass.

As categorias são:

Além de receber o prêmio em dinheiro, os vencedores de cada categoria terão seus trabalhos publicados em uma coletânea.

Os trabalhos inscritos devem estar em conformidade com as normas técnicas estabelecidas pelo Iphan para a apresentação de trabalhos acadêmicos. Os critérios de avaliação incluem originalidade, relevância, qualidade técnica e científica, clareza e objetividade na exposição dos resultados, além da contribuição para o conhecimento do Patrimônio Arqueológico brasileiro.

O cais do Valongo foi o principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas. Foto: Reprodução/ Iphan

HOMENAGEM

Este ano, o prêmio homenageia o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro (RJ). O antigo porto se tornou um importante símbolo da resistência contra a escravidão e da preservação da memória afro-brasileira. Entre os anos de 1811 e 1843, estima-se que aproximadamente 1 milhão de africanos tenham chegado ao Brasil por meio do Valongo. Indicado pelo Iphan, em 2017 o local foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco.  Em 2023, o Instituto restabeleceu o Comitê Gestor do sítio, que tem foco na gestão compartilhada e participativa do local.