Há mais de 2 anos transformando a 'quebrada', 'Salve Hip-Hop' ocorre neste domingo na Mandela
“Vamos comemorar os 50 anos da cultura hip-hop"
22 ABR 2023 • POR • 13h50O projeto “Salve Hip–Hop” chega em sua quarta edição neste domingo (23.abr.23), na favela do Mandela, na Rua Jorge Budib com Elmira Ferreira Lima, nº 973, em Campo Grande (MS).
O evento começa com o coletivo Graffiti Campão, a partir das 9h, desenvolvendo os desenhos e suas cores pela comunidade.
Cronograma da manhã:
- 9h início montagem de equipamento e som ambiente;
- 9:30 às 18h pinturas dos artistas grafiteiros e grafiteiras;
- 10h cachorro-quente e brindes para as crianças da comunidade;
No período da tarde, a partir das 13h, começam as apresentações musicais com os Rappers e Djs juntamente com as apresentações de dança breaking. Também haverá no evento, a exposição de livros com diversos temas e brindes, sendo uma parceria com a biblioteca do Horto Florestal através da responsável Suzamar Rodrigues.
O objetivo é a mobilização social dos artistas do hip-hop unidos com a comunidade do Mandela por meio da cultura de rua.
Cronograma da tarde:
- 13h às 20h apresentações de rappers e breaking;
- 14h às 18h exposição e brindes de livros.
“Vamos comemorar os 50 anos da cultura hip-hop com apresentações de artistas e escritores urbanos, shows com grupos de dança breaking, apresentações com mais de 20 grupos de rapper´s, som com DJ, graffitis e conhecimento para todos da região”, contou San Martinez, coordenador do evento.
A ação cultural conta com apoio da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Águas Guarirobas, Vitória tintas, Biblioteca Municipal do Horto Florestal.
O “Salve Hip-Hop” é um coletivo de produtores e artistas que se reúnem para levar a Cultura de Rua aos bairros periféricos da cidade de Campo Grande.
O idealizador, Nelson Marques, produtor cultural e integrante do grupo de rappers Vadios 67- coletivo sul-mato-grossense, fundador desse projeto, disse ter um olhar periférico e percebe os anseios dos bairros e o crescimento da cidade juntamente com os demais artistas do hip-hop que também se identificam com a carência.
Ao lado dos presidentes de bairros e colaboradores iniciaram o projeto “Salve Hip Hop", que há mais de 2 anos vem transformando a periferia da capital e juntando mais adeptos ao movimento. O grafiteiro e produtor cultural San Martinez também é um dos fundadores do evento “Salve Hip Hop” e desenvolve a arte visual nos bairros da capital, como acesso à educação visual, com o coletivo Campão Graffiti, que reúne grafiteiros para transformar as periferias da Capital com desenhos e cores, com a arte dos bombs (sopa de letras) e dos graffitis (estéticas urbanas com temas sociais).
O Movimento Hip Hop, através do rap, do break, do grafitti, das músicas dos Dj's e Mc's, proporciona visibilidade, um discurso próprio sobre a periferia, reivindicando melhores condições de vida e formas alternativas de se fazer política, valorização de si mesmo e da periferia, informação, conhecimento e substituição da violência pela força das ideias e das palavras.