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Festival de Todos os Povos

Artistas douradenses protagonizam 1º Festival de Todos os Povos

Festival terá 3 dias com atrações que vão do Rap a Orquestra

4 MAR 2023 • POR • 21h31
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Os artistas douradenses serão protagonistas do 1º Festival de Todos os Povos (Festop), que ocontecerá de 14 a 16 de abril, na cidade sul-mato-grossense.

Como atrações musicais, o Festop terá uma versatilidade que vai das batidas do rap indígena do grupo Brô MC's, a clássica sinfonia da Orquestra da Universidade Federal de Dourados.

Também compõe a lista de atrações musicais, por gênero:

As atrações de artes da cena, serão o poeta Emanuel Marinho e coletivo Sucata Cultural. As atrações de dança, serão espetáculos do Studio Jacy Brasileiro e do Canto Kaiwoá.

Em parceria com a Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), também haverá um Festival Gastronômico no Festop, com oito barracas oferecendo pratos típicos representativos das diversas colônias que migraram para Dourados.

 O FESTOP vai acontecer na praça Antônio João nos dias 14,15 e 16 de Abril. Arte: festop.dourados
O FESTOP

​Com isso, o Festival terá artes cênicas, literatura, artesanato e gastronomia tudo, durante 3 dias, em praça pública. "Queremos todas e todos na praça Antônio João conhecendo e curtindo a produção cultural e os artistas douradenses", afirmou o professor, músico e produtor cultural, Fernando de Castro Além, conhecido como Dagata, um dos organizadores do Festival.

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A proponente do Festival de Todos os Povos foi Júlia Aissa Vasconcelos Oliveira, que, selecionada no Fundo de Investimentos Culturais (FIC) de 2021, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) , recebeu financiamento de R$ 225 mil. O Festop conta ainda com o apoio da prefeitura da cidade.

O nome do festival surgiu a partir da compreensão de que residem em Dourados, desde a sua fundação, inúmeros povos. "Além dos indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena, aqui se instalaram os paraguaios, os italianos, os japoneses, os árabes, os alemães, os portugueses, e recentemente os haitianos, os venezuelanos e os africanos. Vieram também brasileiros de outros estados e regiões, como os nordestinos, os mineiros, os paulistas, os gaúchos, os catarinenses, os goianos, os mato-grossenses, além dos sul-mato-grossenses. E foi esse espírito de congraçamento e troca entre diferentes culturas, as quais fundaram a cidade de Dourados, que criamos o FESTOP, o Festival de Todos Os Povos”, explicam os organizadores.

A intenção é dar um presente para Dourados e para os douradenses, fomentando a cultura e o turismo local.

ATRAÇÕES PRIORIZADAS
Dagata durante a apresentação na Feira do Parque Alvorada, em Dourados. Foto: fotógrafo douradense @henriquebarrios

A escolha da maioria das atrações locais, segundo Dagata, foi uma estratégia para valorizar os artistas que alimentam a Grande Dourados com suas produções. "Nós pensamos dessa forma para valorizar os nossos artistas locais e apresentá-los ao nosso povo, porque a população muitas vezes não conhece as produções daqui. Desde o início, nós pensamos em priorizar os artistas douradenses", apontou.

"São artistas que já tem um certo público e a ideia é expandir isso para outras pessoas. Nós temos uma música muito fértil por aqui, de artistas de muita qualidade. Do sertanejo ao rock. Da MPB ao Rap. A intenção é colocar o Festop na agenda cultural do Estado valorizando os artistas da cidade", mirou.

Para Dagata, ao priorizar os artistas douradenses, o Festival também mostra que não há somente produções de qualidade em Campo Grande. "Isso é uma realidade, né? Falta um certo olhar para o interior em relação à cultura. Falta uma descentralização da cultura em Mato Grosso do Sul, isso não só por parte do poder público, mas também por parte da imprensa, dos locais de contratação, das casas. Nós não temos uma arte apenas campo-grandense, nós temos uma arte sul-mato-grossense", disse o coordenador.

Dagata apontou as maioria das produções escolhidas por edital público, são da Capital. "Se você pegar e olhar os editais da Fundação de Cultura, você verá que a maioria dos aprovados são de projetos da Capital. Então, a gente sempre cobrou isso e a gente vai continuar cobrando essa descentralização", avisou.

O coordenador observou que há uma cultura imposta de valorização dos artistas da Capital e que isso é confrontado na escolha das atrações do Festop. "Eu acho que é meio que cultural isso, falta um certo olhar apurado e cuidadoso, como há para Campo Grande, em relação ao trabalho individual dos artistas do interior... O estado fomenta com o Festival de Inverno de Bonito, o Festival da America do Sul o Carnaval de Corumbá, mas acho que é mais no individual mesmo, tem que haver um olhar mais acurado para o artista do interior, ainda mais para mais para Dourados, na nossa região, a gente nada contra a corrente", completou.

EXPOSITORES
Estão abertas as inscrições pra Feira de Artesanato do FESTOP. O edital encontra-se disponível no link da Bio do @festop.dourados.
Estão abertas as inscrições pra Feira de Artesanato do FESTOP. O edital encontra-se disponível no link da Bio do @festop.dourados.

Além das atrações artísticas, o Festop terá espaço para exposições de artesãos locais. A produção abriu, na 6ª.feira (4.mar.23), o edital para inscrições aos interessados, que devem preencher um formulário até 31 de março.

Serão priorizados os seguintes pontos para a escolha dos expositores e produtos do Festival:

A lista de artesãos selecionados para participar será divulgada em 02 de abril no Instagram @festop.dourados. Os escolhidos para expor deverão pagar antecipadamente uma taxa de R$ 100. Acesse AQUI o formulário de inscrição.

SERVIÇO

O Festop ocorrerá nos dias 14, 15 e 16 de abril de 2023.

Local: Praça Antônio João, na Avenida Marcelino Pires, no Centro de Dourados (MS).