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ARTE-EDUCAÇÃO

Festival da UFMS realiza algo inédito no país, diz escritor de 15 anos

Ação cultural é realizada pela UFMS e Associação Amigos do Cinema e da Cultura

Por TERO QUEIROZ • 28/01/2025 • 13:53
Imagem principal Cerimônia de lançamento do livro Antologia Festival da Juventude Contos, Poemas e Crônicas na UFMS. Foto: Tero Queiroz

A sala estava lotada. Os livrinhos vermelhos sobre uma mesa no palco (Antologia Festival da Juventude Contos, Poemas e Crônicas) eram destaques na cerimônia realizada na tarde de 27 de janeiro de 2025 na reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Presentes compondo o dispositivo: o Deputado Federal Vander Loubet (PT), o vereador Landmark Rios (PT), o produtor cultural Nilson Rodrigues, a Reitora da UFMS Camila Ítavo, o ex-reitor Marcelo Turine e o diretor presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Eduardo Mendes.  

A sala da cerimônia de lançamento do livro na UFMS. Foto: Tero QueirozA sala da cerimônia de lançamento do livro na UFMS. Foto: Tero Queiroz

No púlpito, o orador anunciava o marco do lançamento do livro antológico da UFMS, que reúne 18 textos selecionados entre mais de 700 inscritos no concurso literário promovido pelo Festival da Juventude (FestJuv), realizado de 25 a 28 de abril de 2024. Os jovens autores, com idades entre 15 e 24 anos, abordaram temas como desumanização, preconceitos e lutas sociais, evidenciando uma forte conexão com questões contemporâneas.

Nicholas Maciel ao microfone no lançamento do livro na UFMS. Foto: Tero QueirozNicholas Maciel ao microfone no lançamento do livro na UFMS. Foto: Tero Queiroz

Um dos autores, Nicholas Maciel, de 15 anos, estava emocionado segurando o primeiro livro no qual colaborou na vida. "Para mim, é importante fazer parte desse momento, tanto pela honra de ter seu trabalho sendo publicado, especialmente para uma instituição como a UFMS. Eu escrevo desde muito cedo, quase que obsessivamente, porque é um jeito que eu consigo de elucidar minha mente e colocar meus pensamentos num lugar só. Eu imagino que seja assim, para muitos dos autores", definiu.

Nicholas feliz com seu primeiro livro nas mãos. Foto: Tero QueirozNicholas feliz com seu primeiro livro nas mãos. Foto: Tero Queiroz

O adolescente estudante do Instituto Federal destacou o ineditismo da ação do Festival da Juventude. "Essa oportunidade de ter um projeto especialmente para jovens escritores, editores, é algo inédito no país, não é muito comum de você achar editais, e eu acho que isso ajuda muito na cultura para manter a nossa história, a cultura, especialmente aqui do Mato Grosso do Sul, que não é um estado que você pensa muito quando você pensa em cultura. Eu acho que é uma honra e é muito importante fazer parte de um momento histórico", declarou.

Nilson Rodrigues no lançamento do livro na UFMS. Foto: Tero Queiroz

O festival é realizado pela UFMS e Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), entidade que tem como representante Nilson Rodrigues, diretor do FestJuv. Apesar de estar feliz com o momento, Nilson adiantou que pretende melhorar várias "coisas" no Festival da Juventude de 2025. "Eu acho que tem muita coisa para melhorar na presença, foi legal, mostrou foi a capacidade criativa, explorando as capacidades da galera. Possibilitar a produção e a publicação de um livro, isso é incrível. As oficinas que tiveram lá no evento, as oficinas importantes, os escritores que vieram. A gente sempre pode melhorar um pouco mais, talvez a gente tenha errado nos shows, talvez a gente tenha que focar mais nos escritores, talvez focar mais na parte formativa e ir melhorando, sabe? Essa parte da literatura acho que foi a mais legal, mobilizou a galera, o pessoal escreveu, está aí com o livro. O pessoal que se inscreveu em todo o estado. Infelizmente, muitos não pudemos premiar, mas mobilizou, o pessoal foi escrever, foi tentar, mas o que interessa é isso, é botar essa turma para se expressar, seja qual for a linguagem", analisou.

Ele disse que o Festival ainda deve alcançar os objetivos em linguagens específicas, como o audiovisual. "Talvez tenha que avançar um pouco mais na área do audiovisual, no festival, enfim, tem mil coisas aí para serem feitas, mas o que importa é que foi dado o primeiro passo. Eu acho que esse Festival da Juventude deve continuar", prospectou.

Nilson Rodrigues exalta atuação do mandato de Vander Loubet. Foto: Tero QueirozNilson Rodrigues exalta atuação do mandato de Vander Loubet. Foto: Tero Queiroz

Segundo Nilson, as parcerias foram cruciais para a existência do festival. "Sem o Vander e sem Marcelo Turine, não existiria o festival. Poucas universidades fazem isso, poucas universidades fazem o que o Turine fez, pouca gente dá apoio à cultura, poucos parlamentares, e quem nos apoiou muito foi o Vander Loubet. Tínhamos no Conselho Gestor o Landmark Rios, que espero que ele, agora como vereador esperto, coloque a cultura como uma das prioridades. Cultura é algo muito maior do que uma expressão artística. Vamos trazer o debate sobre o futuro, sobre o projeto do país, o projeto de educação, e a sociedade. Isso é cultura, isso é levado à cultura", completou Nilson.

Vander cumprimenta Nilson. Foto: Tero QueirozVander cumprimenta Nilson. Foto: Tero Queiroz

Dentro da UFMS, o festival ofereceu workshops, palestras e apresentações culturais. Além da antologia, que se tornou uma referência literária no estado, a iniciativa buscou incentivar jovens talentos e aproximá-los da literatura e da cultura. Três mil exemplares do livro serão distribuídos gratuitamente para escolas públicas, bibliotecas e comunidades, reafirmando o compromisso com a educação e a promoção da leitura.

A reitora Camila Ítavo. Foto: Tero QueirozA reitora Camila Ítavo. Foto: Tero Queiroz

"É um momento de alegria quando a gente pensa em materializar o Festival da Juventude com a produção dos textos literários premiados em que a gente tem a juventude mostrando que se interessa pela literatura, pela arte, pela cultura e a gente tem esse movimento da efervescência cultural da universidade e a cultura, a arte, ela nos transporta a outros mundos, ela nos forma de uma maneira integral. Então, agradecer todo o apoio do deputado Vander Loubet com a confiança na nossa universidade", classificou a Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Camila Ítavo.

A reitora celebrou o mandato do vereador Landmark Rios. Foto: Tero QueirozA reitora celebrou o mandato do vereador Landmark Rios. Foto: Tero Queiroz

Ainda de acordo com a reitora, o público campo-grandense está convidado a estar cada vez mais presente no festival. "Eu imagino que a gente vai ter um festival cada vez maior, principalmente porque existe a ideia de ter os projetos de formação nos bairros, conectar as crianças, jovens e adultos, fazer uma combinação com a apresentação das famílias e a gente poder levar arte todo dia a dia. Não somente no festival, mas nessa itinerância e a universidade. Nós temos os cursos na área de artes, de música, letras, comunicação, audiovisual, artes visuais, e a gente vai poder estar sempre próximo para que a gente possa fortalecer todo esse processo", observou.

O projeto foi financiado com apoio de diversas instituições e grande parte do recurso partiu de emenda parlamentar do deputado Vander Loubet. "Diversos políticos falam que são a favor da educação e da cultura, das artes, mas a maioria deles praticam muito pouco esse apoio. Estou falando de quem tem mandato. Meu mandato sempre foi muito voltado para a educação, para a cultura e artes", explicou Vander.

O deputado federal Vander Loubet na cerimônia de lançamento do livro na UFMS. Foto: Tero QueirozO deputado federal Vander Loubet na cerimônia de lançamento do livro na UFMS. Foto: Tero Queiroz

Na sequência, o deputado listou os projetos artísticos culturais que desenvolveu como secretário e no seu longevo mandato. "Se você pegar os grandes investimentos em cultura e artes, eu sempre tive muito presente. Você pega o festival lá atrás, com o Zeca, o Festival de Inverno, quando nós criamos, eu era secretário de governo, o Festival da América do Sul, lá em Corumbá, os Temporadas Populares, e depois eu trouxe o mesmo Nilson Rodrigues para fazer agora o festival de cinema lá em Bonito, o CineSur. Esse evento com a TV Morena, que é para a descoberta de talentos, o Fesmorena, que descobre autorias próprias e novos artistas", disse.

Camila Ítavo ao microfone. Foto: Tero QueirozCamila Ítavo ao microfone. Foto: Tero Queiroz

Vander acrescentou que o Festival da Juventude permitiu avançar no debate do futuro digital, ao mesmo tempo em que viabilizou o surgimento de um livro físico. "Nas oficinas debateram essa coisa moderna que está aí, da internet, os veículos, as mídias sociais..., mas, ao mesmo tempo, agora a UFMS selecionou os melhores contos, poemas, crônicas e transformou num livro físico que a gente fez entrega. Imagina, na cabeça de um jovem como esse, de 15 anos, poder ter os livros seus publicados pela Universidade Federal? Isso é muito gratificante, eu tenho muito compromisso com a cultura e com as artes, acho que a cultura é investimento, não é despesa. Como a educação, e ela é transformadora", reforçou Vander.

Landmark lendo o livro. Foto: Tero QueirozLandmark lendo o livro. Foto: Tero Queiroz

Integrante do Conselho Gestor que selecionou o Festival da Juventude da UFMS como beneficiário das emendas, o agora vereador Landmark Rios (PT), destacou o simbolismo de permitir que as vozes da juventude sejam ouvidas. "Nós estamos aqui por eles, né? As vozes deles e delas, jovens, vão ecoar no infinito. O orgulho de ver esse livro, é de saber que pudemos colaborar pela cultura da nossa cidade, do nosso estado, eternizando essas mensagens lindas constantes nesse livro. É grande a satisfação de ver que estamos no caminho certo. A educação e a cultura são a chave para o futuro da nossa nação", concluiu.


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