O cantor pop sul-mato-grossense Julio Ruschel e o Coletivo Close subiram ao palco do Campão Cultural na noite da 5ª.feira (13.out.22), abrindo o show da carioca Ludmilla, na Esplanada Ferroviária, em Campo Grande (MS).
Julio contou ao TeatrineTV que, depois do Festival de Inverno de Bonito, esse foi o seu maior show até o momento. “Foi uma conquista. O maior público para quem eu já cantei. Em Bonito foi muito grande, mas nesse, o espaço foi muito maior, o evento está muito maior”.
O artista, que tem apenas três anos de carreira musical, não escondeu o entusiasmo ao poder abrir o show de Ludmilla, em um evento da dimensão do Campão Cultural. “Eu estou muito feliz de estar participando de todo esse evento. Ano passado eu estava aqui em baixo e agora eu estou ali, abrindo o show da Ludmilla, com uma galera que eu amo, então é tudo muito grande. É muito bom, está tudo muito desenhado, está tudo muito bonito”, considerou.
No Campão, Julio e mais sete bailarinos do Grupo Hands Up agitaram o público com coreografias de músicas conhecidas do pop nacional, além das autorais, como “Sigilo”, sucesso na cena pop campo-grandense. O artista aproveitou, também, para lançar um novo single ao lado dos quatro cantores convidados: Dany Cristinne, Miss Volência e Ricke Martinez, todos integrantes do coletivo close.
“Esse coletivo que eu montei é um projeto que tem a intenção de convidar outros artistas LGBTQIA+, puxando as pessoas mais para essa questão de representatividade, de abrir espaço e oportunidade para que todos sejam vistos. Eles cantam as minhas músicas comigo e também vão ao palco para cantar as músicas autorais deles”, explicou.
Para Julio, o Campão Cultural é uma oportunidade para dar visibilidade a artistas que ainda não possuem tanto espaço para mostrar sua arte. “É muito importante isso que a Fundação de Cultura fez, de abrir e especificar quais artistas eles querem no palco”.
O artista também reconheceu o festival enquanto política pública para se repensar a promoção de produções artísticas locais e que, apesar de ser um evento jovem, já mostra potencial para que cada vez mais artistas ocupem os espaços da cidade. “O Campão é um nenenzinho. Está na sua segunda edição, mas já veio para mostrar que a gente tem que repensar as nossas políticas públicas, para abranger todos os artistas e todas as formas de manifestação de arte. Isso é importante porque, muitas vezes, a gente vê um mesmo nicho de pessoas ocupando os espaços públicos, divulgando sua arte e tem uma galera aí fazendo coisa diferente e coisa boa”, finalizou.