A 2ª edição do Bonito Cinesur teve sua abertura oficial na noite de 19 de julho, em Bonito (MS), prometendo ser um marco na agenda anual do cinema sul-americano.
Com exibições de filmes inéditos em Mostras Competitivas, oficinas e mesa de discussão programados para ocorrer até 27 de julho, o festival deste ano traz uma série de inovações e ambições para consolidar sua posição como um ponto de referência no cenário cinematográfico mundial. "Esse ano seguimos com a mostra Cinema Ambiental que nós havíamos feito aí no passado e nós para esse ano transformamos ela também em uma Mostra Competitiva. São vários, vários países que estão nessa Mostra Cinema Ambiental com curtas, com longas, então isso é uma novidade", apontou Nilson Rodrigues, diretor do festival, durante entrevista ao TeatrineTV.
O diretor disse também que é novidade nesta edição a criação de um espaço de exibição no centro da cidade, equipado com uma grande tela, onde serão realizadas pré-estreias de filmes inéditos, como o aguardado "Passa a Grana", com a presença da atriz Carol Castro. “É um espaço onde serão exibidos filmes para todos os públicos”, observou.
O festival Cinesur nasceu em 2023 e nesta 2ª edição, ao longo de nove dias, deve reforçar seu papel de janela essencial para o cinema sul-americano. "É a essência do nosso festival, apresentar ao público aquilo que está se produzindo na América do Sul. Teremos filmes inéditos, realizados recentemente, além de obras que estão circulando nos festivais internacionais", afirmou Rodrigues, enfatizando o compromisso do Cinesur em promover o diálogo e crescimento das produções sul-americanas.
Para Rodrigues, MS precisa debater algumas ferramentas, que ajuda o cinema a se tornar um catalisador econômico, artístico e cultural: "Estamos trazendo algumas experiências já mais consolidadas em films commissions, como é o caso de São Paulo, de Belo Horizonte, para debater com o Bruno, que é o nosso presidente da Fundtur. O estado precisa criar uma film commission para a gente estruturar melhor a recepção desses filmes, porque eles movimentam economia local, cria mercado de trabalho para os profissionais do cinema, de audiovisual e tudo naturalmente", avaliou.
Com ambições de estabelecer conexões mais fortes entre os países sul-americanos, o diretor refletiu sobre os desafios e oportunidades para o cinema não-hollywoodiano: "Nosso cinema tem uma visão indústria potente, que cresce a cada dia. Precisamos criar meios para que nossos produtos de audiência circulem e disputem o mercado com o cinema hollywoodiano".
Rodrigues finalizou revelando seus planos para o futuro do Cinesur, incluindo a organização de um grande encontro internacional de film commissions, com o apoio de figuras influentes como o presidente da Embratur, Marcelo Freixo: "Estamos buscando os parceiros e espaços necessários para consolidar o Cinesur como referência para os realizadores sul-americanos, e talvez ano que vem ou em 2026 consigamos fazer um grande encontro de dirigentes aqui, com apoio do querido Marcelo Freixo", concluiu.