​O ator, diretor de teatro e Palhaço de Circo de Três Lagoas, Paulo Sanches foi homenageado na noite da 2º.feira (28.mar.23) na abertura da Semana Boca de Cena, no Teatro Dom Bosco em Campo Grande (MS), em razão de seu trabalho desenvolvido em prol do Circo sul-mato-grossense.

Paulo contou que fugiu da casa aos 12 anos em 1953 para integrar circos mambembes onde atuava como palhaço, ator e trapezista. Desde então, passaram 68 anos até este dia marcante para o artista.

Desde a fuga do lar de Bauru (SP), Paulo trabalhou ao menos 10 anos em circos pelo país, fazendo parada em Três Lagoas em 1995, quando fundou o 1º grupo de teatro do município, o Comitê Revolucionário do Artista Jovem (CRAJ)

Apesar de reconhecer que trabalhar com teatro em Três Lagoas é muito difícil, Sanches já levou o CRAJ para participar de cinco festivais estaduais e dois festivais nacionais de circo.

Ao longo das suas 6 décadas de trabalho, Sanches dirigiu peças cômicas e populares, que circularam por escolas, mostras e festivais do Estado. Os títulos que são destaques no portfólio do artista: O Capeta de Caruaru (1999), Amargo Reencontro (2001), Crácula, um vampiro em tempos de Aids (2002), o sítio do pica-pau amarelo – a pílula falante (2004), Samba nosso de cada dia (2004) e Sopa de Pedra (2009).

Ele se destacou também por meio de intervenções em hospitais e escolas com grupos de palhaços. Dirigiu também o grupo Municipal de Circo e Teatro Liberdade de Três Lagoas.

Ao receber a homenagem das mãos da representante do setorial de Circo Társila Bonelli e do gerente da Difusão Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Marcio Veiga, Paulo disse que com se emocionou com o reconhecimento:

 — Uma vez na vida a gente tem o agradecimento, o reconhecimento das pessoas. Aqui em Mato Grosso do Sul, desde a década de 1980, eu faço teatro em Três Lagoas. E sempre bem-quisto, sempre bem recebido por todos, por colegas, diretores, presidentes das associações. Hoje eu me sinto meio velho, meio louco, na missão de triunfar. Eu faço teatro desde 1960, em Três Lagoas, e formei muitos atores circenses. Agradeço a homenagem e a divido com minha esposa, que me ajuda muito em tudo: figurino, texto. Com 80 anos é difícil a gente dizer que fica emocionado, mas fiquei sim, muito emocionado. Já recebi diversos prêmios em lugares em que estive, em São Paulo, em Santos, em Bauru, Três Lagoas, mas esse aqui me deixou emocionado. Muito obrigado!

Atualmente, Paulo se mantém ativo como diretor do grupo de Circo e Teatro Libertart.

Ao lado de Sanches, foi homenageado também na noite de ontem por seu trabalho no Teatro, o artista e gestor cultural Américo Calheiros. Conheça Américo AQUI.