O Dia Mundial do Mágico é celebrado neste dia 31 de janeiro. “Momento em que o mundo direciona sua atenção aos mestres da ilusão, àqueles que desafiam a lógica, confundem os sentidos e transportam seu público para um reino onde mistério e fascínio convergem harmoniosamente”, descreveu o mágico campo-grandense, Thiago Pereira, conhecido pelo nome artístico Thiper.
Em entrevista ao TeatrineTV, o mágico Formado em Artes Cênicas e pós-graduado em Psicologia da Educação contou como descobriu-se ilusionista e qual sua relação com a profissão. “Desde a infância, meu fascínio por enigmas e o sonho de ser um super-herói foram os primeiros capítulos da minha jornada no ilusionismo. Nasci com uma afinidade inexplicável pela mágica. Para mim, vai além do simples entretenimento, é a capacidade de compartilhar emoções e criar momentos memoráveis para as pessoas”, introduziu.
O mágico considera-se autodidata, mas buscou diversos cursos profissionalizantes, onde descobriu algo o segredo para manter-se na profissão. “No universo do ilusionismo, a preservação do mistério é crucial. No entanto, a inovação é a chave para manter a arte relevante”, considerou.
Buscar constantemente novas abordagens é importante, mas Thiper também revelou ser necessário manter o equilíbrio entre a tradição e a criação de experiências, sem comprometer os segredos fundamentais da mágica.
Para o artista, os números que mais encantam são aqueles que envolvem a interação direta do espectador. “Nesses momentos, o ilusionismo transcende o palco, tornando-se uma experiência compartilhada. Gosto especialmente de efeitos interativos nos quais o espectador sente que faz parte da mágica, proporcionando uma ligação única e intensificando a conexão emocional entre o público e o artista. Essa participação direta cria uma atmosfera única de cumplicidade, onde a fronteira entre o impossível e o possível se dissolve”, disse.
A conexão além de atingir o público também afeta o mágico de maneira permanente. “Um momento inesquecível foi realizar ilusionismo para um grupo, incluindo pessoas com baixa visão. Nesse desafio único, a mágica ultrapassou as barreiras visuais, criando uma experiência emotiva e tocante. Ver a reação dessas pessoas, especialmente de um homem cego, é algo que vai além das palavras, destacando o poder universal que a mágica pode alcançar”, contou.
Segundo Thiper, mágica é capaz de deixar uma marca permanente naquele que a praticar ou naquele que a contemplar. “O mágico transcende a mera observação; ele toca as emoções mais profundas do público. A mágica tem o poder de estimular a criatividade, despertar a curiosidade e oferecer uma fuga temporária da realidade. Por meio da mágica, criamos uma conexão emocional que ressoa na memória do espectador, deixando uma marca indelével”, apontou.
Pensando na conexão como alho primordial para um número exitoso, o mágico considera esse um dos principais desafios ao chegar em novos territórios. “Cada cultura tem suas nuances e expectativas. Adaptar o ilusionismo para diferentes contextos exige uma compreensão profunda das tradições locais e um toque refinado para criar uma experiência universalmente cativante. É uma jornada desafiadora, mas extremamente enriquecedora”, analisou.
Mesmo defendendo a manutenção de tradições ‘no mundo da magia’, Thiper ressaltou ser impossível não adicionar a tecnologia aos números. “Integrar tecnologia moderna ao ilusionismo abre portas para novas possibilidades e surpresas. Além dos métodos tradicionais, incorporo dispositivos tecnológicos de forma sutil e inteligente, proporcionando uma experiência de ilusionismo contemporâneo e inovador”, garantiu.
Com o futuro tecnológico como horizonte inevitável, Thiper revelou que um dos seus projetos mais ambiciosos é criar apresentações híbridas. “Meus planos envolvem uma busca contínua pelo aprimoramento, combinando tradição e inovação. Estou trabalhando em um projeto que incorpora ilusionismo e inteligência computacional, prometendo uma abordagem única e moderna. A missão é continuar surpreendendo o público, mantendo a chama da maravilha acesa através do ilusionismo”, finalizou.
Acompanhe o trabalho de Thiper no site thiper.com.br. Siga-o no Instagram @ilusionistathiper. Para contratá-lo ligue 67 992385008.
PADROEIRO DOS ILUSIONISTAS
O Dia Mundial do Mágico celebra João Melchior Bosco Occhiena, nascido 16 de agosto de 1815 na aldeia del Becchi, perto de Morialdo em Castelnuovo (norte da Itália). Trata-se do santo católico São João Bosco (ou Dom Bosco), conhecido por suas habilidades em truques de ilusionismo e outras formas de entretenimento que ajudavam sua família a complementar a renda. Além disso, Dom Bosco dizia que tinha sonhos proféticos.
O religioso usava a arte do ilusionismona, na prática, para evangelizar os jovens.
A magia é apresentada em diversos formatos, como programas de TV, circos, shows de mágicos famosos, como David Copperfield e Mr. M. (Val Valentino), e em ruas movimentadas. No entanto, poucos sabem que o santo conhecido por fazer objetos desaparecerem e reaparecerem é um dos pioneiros na prática artística.
Em 1859, tendo o auxílio de Papa Pio IX, João Bosco fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Ele também conhecido como patrono e mestre da juventude.
No século XIX, a prática da ilusão e da fantasmagoria tornou-se popular com as pessoas apreciando os espetáculos de truques de mágica e ilusionismo, utilizando o dispositivo óptico "lanterna mágica".
São João Bosco faleceu morreu em 31 de janeiro de 1888, em Turim. Ele foi canonizado pelo Papa Pio XI em 1º de abril de 1934.