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'CORA DO RIO VERMELHO'

Fenômeno de público, espetáculo sobre Cora Carolina terá sessões únicas em MS

Espetáculo circula por 11 cidades, sendo duas sul-mato-grossenses

Por TERO QUEIROZ • 05/06/2024 • 16:02
Imagem principal Raquel Penner em cena no espetáculo 'Cora do Rio Vermelho'. Foto: Bianca Oliveira, Estúdio da Bica

O espetáculo "Cora do Rio Vermelho", estrelado por Raquel Penner com direção de Isaac Bernat, será apresentado às 19h da 5ª.feira (13.jun.24), no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande (MS).

Sucesso de público, o trabalho está em circulação há dois anos. Em MS, Dourados também terá uma sessão às 20h de 15 de junho (sábado), no Casulo – Espaço de Arte e Cultura.  

A dramaturgia de Leonardo Simões integra o projeto “Cora do Rio Vermelho – no coração do Brasil”, que circula por 11 cidades celebrando os 135 anos de nascimento da poetisa, contista e doceira goiana, Cora Carolina, pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, falecida em 10 de abril de 1985.

A circulação é patrocinada pela Petrobras e o incentivo fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Governo Federal.

Além de sucesso de bilheteria, o trabalho tem sido enaltecido pela crítica especializada em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, alguns dos territórios por onde passou. 

Na estado natal de Cora, o espetáculo deve ser apresentado em Pirenópolis e Goiânia. 

No Mato Grosso, haverá apenas uma sessão na Capital, Cuiabá.   

Outras cidades que devem receber sessões de "Cora do Rio Vermelho" são: Porto Velho (capital) e Cacoal, em Rondônia; Palmas, capital de Tocantins; e Belém, capital do Pará.

‘CORA DO RIO VERMELHO’

Cidades de MS são rota do 'Cora do Rio Vermelho' . Foto: Bianca Oliveira, Estúdio da BicaCidades de MS são rota do 'Cora do Rio Vermelho' . Foto: Bianca Oliveira, Estúdio da Bica

O espetáculo é um monólogo executado pela atriz Raquel Penner.  A dramaturgia passeia pela vida e a obra da poeta, contista e doceira Cora Coralina.

"Em ‘Cora do Rio Vermelho’ (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente", adiantam num release à imprensa. 

De acordo com o anúncio, o trabalho nasceu a partir da vontade de Penner de montar o seu primeiro monólogo. "Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. Há pouco mais de 15 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição, no Rio de Janeiro. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali", comentou a intérprete.

A atriz Raquel Penner posa para foto ao lado da escultura de Cora Carolina, instalada nos fundos do Museu Casa de Cora Carolina, em Goiânia (GO). Numa publicação nas redes relacionada a essa imagem, Penner revelou achar justo apresentar o espetáculo de Cora fora do eixo sudestino: "É justo que levemos a vida e obra de Cora Coralina para mais e mais cidades do nosso país. Queremos que diferentes públicos experimentem e se beneficiem da arte teatral e se inspirem com a força, leveza e simplicidade que tem a poesia desta grande escritora", disse num post no Instagram @coradoriovermelho. Foto: Redes 

O processo criativo de Penner foi deflagrado com anotações de frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre o universo da mulher brasileira. "Ao reler a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente ao encontro de sua inquietação artística", detalham em produtores.

Esse é Isaac Bernat, carioca, de 63 anos, ator e diretor. Doutor em Teatro pela UNIRIO. Foto: Redes Esse é Isaac Bernat, carioca, de 63 anos, ator e diretor. Doutor em Teatro pela UNIRIO. Foto: Redes 

Isaac Bernat revelou como se sentiu ao ser convidado para dirigir o espetáculo: “Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, disse. 

A dramaturgia reúne passagens da vida de Cora e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”. “A partir de um recorte sensível de obras feito pela Raquel e com a toada poética de Cora, busquei nessa abordagem teatral uma geografia de sensibilidade e memórias, uma paisagem sonora que a atriz observa e traduz a partir do simbólico quarto de escrita, mesclada aos seus fazeres de doçura”, detalhou o autor Leonardo Simões. 

A trilha sonora do espetáculo é embebida pelas músicas populares ressoada por vozes femininas de diversas cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: “Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle”, elencam. 

INGRESSOS

Os ingressos para a sessão de 13 de junho, em Campo Grande, estão disponíveis pelo Sympla no valor de R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada), e estarão disponíveis para aquisição na bilheteria física do Teatro Glauce Rocha momentos antes da sessão. Ingressos promocionais até o dia 9 de junho, próximo domingo, podem ser adquiridos por R$10. Compre AQUI.  

Os ingressos para a sessão de 15 de junho, em Dourados, também estão disponíveis pelo Sympla no valor de R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada), e estarão disponíveis para aquisição na bilheteria física do Teatro Casulo, momentos antes da sessão. Ingressos promocionais até o dia 9 de junho, próximo domingo, podem ser adquiridos por R$10. Compre AQUI.  

Em ambas as cidades os ingressos são oferecidos a preços populares, com intérprete de Libras, notas introdutórias com informações para ampliar a acessibilidade das pessoas com deficiência visual, espaço de regulação e as sessões serão seguidas de um bate-papo entre a equipe e os espectadores.

OFICINAS

Griot Sotigui Kouyaté. Foto: Arquivo Griot Sotigui Kouyaté. Foto: Arquivo 

Além do espetáculo, o projeto oferecerá a Oficina “Frutos da Terra”, ministrada pelo próprio diretor da peça, Isaac Bernat. Em Campo Grande a oficina acontecerá nos dias 13 e 14 de junho (quinta e sexta-feira), das 10h às 14h, em ambos os dias. O encontro será nas dependências da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).   

Os campo-grandenses interessados em fazer a oficina devem realizar a inscrições por meio do preenchimento de um formulário neste link.

A mesma oficina será oferecida nos dias 15/6 (sábado) e 16/6 (domingo) na Casa da Cultura, Espaço Guaraoby (Rua Monte Alegre, 1955, Vila Progresso) em Dourados, também das 10h às 14h em ambos os dias.

Os douradenses interessados em fazer a oficina devem realizar a inscrições por meio do preenchimento de um formulário neste link.

Tema: 

A oficina será realizada a partir da pesquisa de Bernat sobre o griot africano Sotigui Kouyaté, que vai desenvolver – através de exercícios de sensibilização – o papel que o ato de contar histórias individualmente e em grupo pode ter no reconhecimento da identidade do ator e/ou do indivíduo como parte da sociedade.

O trabalho faz parte da pesquisa sobre os griots, que são os mestres da palavra e a memória do continente africano. Será desenvolvido um trabalho ligado às origens e à ancestralidade, a partir das memórias e histórias de cada participante.

Material de apoio: 

As pessoas interessadas em participar das oficinas devem assistir e ler os seguintes materiais previamente:

  • Documentário: Sotigui Kouyaté, Um griot no Brasil:

  • Documentário Frutos da Terra: 

EQUIPE

Além dos profissionais mencionados acima, completam a ficha técnica:

  • Produção Executiva: Clarissa Menezes;
  • Cenografia, Figurino e Produção de Objetos: Dani Vidal e Ney Madeira (Ney Madeira Produções Artísticas);
  • Cenotécnico: André Salles;
  • Tingimento, Bordado e Tratamento de Objeto: Dani Vidal e Ney Madeira;
  • Costureira: Aureci da Cunha Rocha;
  • Costureira de Cenário: Alessandra Valle;
  • Pintura de Arte: Paulo Campos;
  • Carpinteiro: Paulo Sá;
  • Montagem de Cenário e Luz: Wellington Fox;
  • Iluminação: Ana Luzia de Simoni;
  • Montagem e Operação de Luz: Bruno Henrique Caverninha;
  • Direção Musical e Trilha Sonora: Aline Peixoto;
  • Percussão: Fabiano Salek;
  • Vozes: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle;
  • Operação de Som: Fernanda Guerreiro e Rafa Barcelos;
  • Músicas: "Aponte" (Lan Lanh/Nanda Costa/Sambê), "Maria, Maria" (Milton Nascimento) e "Simplicidade" (Jaime Alem);
  • Visagismo: Mona Magalhães;
  • Direção de Movimento: Luiza Vieira;
  • Fotografias, Designer Gráfico e Produção de Conteúdo: Bianca Oliveira (Estúdio da Bica);
  • Mídias Sociais e Planejamento de Divulgação: Lyana Ferraz;
  • Gerenciamento de Anúncios - Mídias Sociais: Bianca Carril;
  • Trechos do Espetáculo em Vídeo: Ricardo Lyra Jr;
  • Produção Local (Campo Grande): Thays Nogueira;
  • Gestão Financeira: Pagu Produções Culturais;
  • Realização: Núcleo de Ensino e Pesquisa de Artes Cênicas (NEPAC), Estado do Rio de Janeiro.

Informações sobre o espetáculo e curiosidades sobre a montagem da peça pelo Instagram @coradoriovermelho.


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