Representando São Paulo, Diego Bang e Violetta Queen foram os campeões da noite do sábado (11.nov.23) da batalha de dança no Liga Breaking, evento cultural que acontece há 14 anos em Campo Grande (MS) e teve mais uma edição nos dias 11 e 12 na arena do Horto Florestal.
Ao todo, na categoria femina disputaram 9 bgirls, são elas: Wanessa Rezende, de Cuiabá (MT); Quezia Freitas, Bgirl Keka, de São Paulo; Campeã Seletiva MT - Pamela Cristina, Bgirl Pam, de Rondonópolis; Campeã Seletiva SP – B-Girl Violetta Queen; Bgirl Fanny WCD, de Aparecida de Goiânia (GO) e Aline Cristina, Line Bgirl, de Mato Grosso do Sul.
Ao todo, na categoria masculina disputaram 24 bboys, são eles: Michael (MT); Monge (SP); Rafa Taz (MS); Diego Bang (SP); Austar (MS); LLan (SP); Felipe Anjin (SP); Wander (MS); Mail (DF); Gury (GO); Rafa (MS); Luan Lamem (MS); Saka (MS); TKL (MT); Birl (SP); Bird (MS); Gday (MT); Matheus (MS); Renato (MS); Alex Viajante (MS); Kamon (DF); David (MT) e Herllon (MT).
CAMPEÕES
Natural de Natal (RN), Diego está morando em Capão Redondo (SP) há 8 anos e contou como foi sua vinda até a competição da qual saiu vitorioso. “Ontem aconteceu muitas coisas que estava dando sinal de que não ia dar certo, porque eu perdi a primeira passagem, o busão saia às 19h e eu fui para a rodoviária errada, no Tietê, só que saia da Barra Funda. Aí eu fui para a rodo certa e cheguei lá o busão já tinha saído, por um minuto, mas como Deus é maravilhoso eu parei numa estação e o Sulla me ligou falando: não, Diego, eu vou comprar outra passagem... Aí ele me mandou mensagem, eu fui para um antro ponto e peguei outro ônibus e estou aqui, graças a Deus deu certo”, lembrou.
A pessoa citada por Diego é o fundador do movimento Liga Breaking, Sulla Maecawa, que organiza o evento há 14 anos ao lado da produtora Patrícia Maecawa, que neste ano assumiu a direção-geral do evento.
Bastante emocionado, Diogo exaltou a organização da Liga reforçando que a vitória na noite foi da cultura. “Na verdade, não foi eu que ganhei, na verdade quem ganhou foi o Hip Hop. Estou muito feliz, pelo ambiente e pelo evento, é legal ver a evolução, acompanho o Sulla há muito tempo e dessa vez a estrutura foi da hora, vim uma vez na Orla, mas nessa aqui foi massa demais, deu um up. Então, gratidão, muito significante para mim, um grande momento”, concluiu. Veja imagens da apresentação e comemoração de Diego na galeria, no final do texto.
VIOLETTA QUEEN
Campeã na batalha feminina, a Bgirl Violetta Queen, de 27 anos, é natural da Argentina, mas mora há 5 anos no Brasil. “Então, toda a minha escola de breaking é no Brasil, porque eu compito há 6 anos. Eu vou para competições em eventos nacionais e internacionais, trabalho e divido o tempo para poder treinar. E bom, fui participar de um evento que se chama Sarau Breaking lá em São Paulo, sai campeã na categoria de b-girls e graças a isso ganhei a vaga nesta competição, além de passagens e hospedagens para vir neste campeonato”, explicou.
“Já tinha vindo uma vez a Campo Grande, porém, foi quando eu entrei no Brasil. Para evento é a primeira vez que venho e a Liga Breaking é um evento muito, muito foda!”, considerou Violetta.
“Minhas referências são minhas amigas e minhas crew, me inspiro e me motivo muito nelas. Posso ter algumas referências de fora, mas tento sempre me motivar e me incentivar com minhas manas, que tenho do meu lado sempre, porque eu estou crescendo sempre junto a elas na mesma correria. As minas são a maioria de São Paulo, porém todas estão viajando, uma está nos Estados Unidos, outra mora no Rio de Janeiro, para ela era complicado vir e outra trabalhando, mas a ideia era vir todas, não deu certo, mas nós somos uma crew de mulheres que estão bem na ativa”, detalhou a b-girl campeã.
Violetta lembrou que a entrada no breaking nas olimpíadas é aceno para o poder público da importância da dança/esporte para a promoção da educação social. “É preciso incentivar mais o breaking, estamos entrando nas Olimpíadas, precisamos oferecer o breaking à mais crianças. O breaking é uma cultura que promove muito amor e crescimento com outras ferramentas. A história do breaking nasce justamente para retirar crianças da rua que estavam em meio a guerras para a crianças extravasar a raiva em batalhas, assim nasce o breaking, com essa finalidade. Por isso temos muitos vocabulários na hora de dançar que a gente entra, mata, pula... então era como descontar a raiva da realidade na batalha. Então realmente o Hip Hop sempre salvou muitas vidas, porque não importa você ter dinheiro, basta querer”, explicou.
De acordo com Violetta, sem o apoio oferecido pelo poder público ou por apoiadores privados ficaria impossível de se realizar um evento grandioso como o Liga Breaking, por isso, a b-girl reforça o pedido. “Imagina, para eu pagar passagem e hospedagem, eu não teria condição de vir, porque é a minha realidade! Então ter esse apoio do estado ou de onde que seja é muito importante para nosso crescimento pessoal e como sociedade, porque com apoio poderíamos trazer mais crianças e mais gente para nossa cultura que altera o estilo de vida. Eu tenho esperança de vida hoje, graças ao Hip Hop, graças à dança. Então, eu acho muito importante que o estado, o governo, consiga apoiar isso porque a gente não faz dinheiro, a gente faz por amor, mas às vezes sem dinheiro não conseguimos fazer”, apontou.
CORPO DE JURADOS E JURADAS
A Liga Breaking 2023 teve o seguinte corpo de júri masculino:
Lucas Cabral da Silva, ou Bboy Cabral; Iniciou na capoeira e no Breaking, na Capital sul-mato-grossense em 2006 e atualmente faz parte da 1ª Crew de Rocking Dance do Brasil, a RTB, fundada em 2016 com integrantes de várias regiões do Basil. Também integra a Crew Real Beat Breakers, Crew de B.boys. Desenvolve trabalhos como Grafiteiro, DJ, MC e demais elementos da Cultura Hip Hop.
B.Boy Rato Loko; teve contato inicial com a cultura Hip-Hop em 1991, em Planaltina (DF) onde aprendeu Breaking. Fundador do respeitado Bairro Feliz Crew, cofundador do Centro de Referência da Juventude o CRJ e da Federação Goiana de Breaking e Danças Desportivas a FGBD. Além da produção de diversos encontros e festivais de Hip-Hop, coreografou peças de teatro, shows e espetáculos. Ministrou Workshops e julgou batalhas em vários estados brasileiros.
Kastelar, de 25 anos; natural de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, mora no Distrito Federal há 4 anos. Iniciou na dança popular em 2008, trabalhando com diversos estilos como frevo, maracatu, afoxé, caboclinho e coco de roda. Logo começou a explorara as danças urbanas como Breaking, Freestyle, House Dance e Contemporâneo. Participou de diversas competições de dança no Brasil e no exterior. Atua como educador social na Casa Azul, ministrando workshops dentro e fora do estado, bem como professor e coreógrafo do grupo Arte e Vida. Atualmente é membro das equipes Ilumindance (PE) e Cyphers Clan (DF).
A Liga Breaking 2023 teve o seguinte corpo de júri feminino:
NATHANA
Atleta da Seleção Brasileira de Breaking, Nathana Vieira Venâncio, ou Bgirl Nathana, de 30 anos, foi uma das juradas da Liga Breaking na Capital sul-mato-grossense.
Natural de Uberlândia (MG), ela contou que descobriu o breaking com um professor e na sequência soube que seu pai também dançava. “Sou atleta e dançarina também, porque não deixa de ser uma arte. É um esporte, mas também é uma arte! Danço desde criança e agora estou aqui como jurada num dos maiores eventos que tem no Brasil e acontece aqui no Mato Grosso do Sul. Para mim é uma honra estar aqui prestigiando, ver a galera dançar e se divertir, porque para mim isso é muito importante. Ter eventos assim para fomentar o esporte, a cultura e dar estímulo a galera”, externou.
Ao longo de sua carreira, Nathana acumula títulos de Campeã Paradise Battle México – 2018; Campeã Freestyle Session México – 2019; Finalista Mundial Red Bull Bc One Ebattle – 2020; Campeã Feminal Battle Colômbia – 2020 e Campeã Palco Hip Hop Brasil – 2021.
Com a quantidade de vitórias ela tornou-se uma forte candidata a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, quando o Breaking estreará como esporte olímpico. “Eu acho que o Breaking ele tem o poder de transformação muito grande na vida de qualquer dançarino, seja ele mais velho ou mais novo. Então, eu acho que realmente as políticas públicas devem investir mais no Breaking e começar a valorizar a galera que está aqui construindo e formando isso”, opinou.
Para Nathana o futuro depende de investimentos sérios na cultura e esportes. “Esse é o futuro, amanhã vai ter a batalha kids aqui, recentemente lá em Uberlândia fiz um movimento com mais de 50 crianças, então temos que começar a investir em mais eventos, mais formação, porque daí vão surgir novos atletas, novos dançarinos, porque realmente tanto a arte como o esporte mudam das vidas das pessoas”, considerou.
A ampliação do alcance da dança ao esporte, na avaliação de Nathana, permite que estigmas sociais sejam rompidos. “Agora, o breaking como esporte abriu novas portas e novas possibilidades, porque antes o breaking era visto como uma coisa de rua, marginalizada, assim como foi o Skate por muito tempo. Só que agora a gente sabe que o breaking está num movimento olímpico e um cenário em alta, as pessoas começam a ver realmente isso é uma forma de profissão, o que na verdade é. Exemplo: eu me tornei atleta e vou continuar sendo atleta, essa é minha forma de me sustentar, de ganhar minha vida. Então, acho que o breaking no esporte abriu novas possibilidades, isso é para que os governos daqui do estado e outras autoridades possam ver o breaking como um meio de profissionalização. Para isso é preciso de investimento, porque sem investimento não nascem novos dançarinos e atletas, porque a gente precisa se sustentar”, orientou.
Tendo passado pelos maiores eventos da cultura Hip Hop pelo mundo e sendo coordenadora e produtora do evento Battle Skill em Uberlândia, Nathana opinou que os eventos culturais motivam as pessoas e estimulam artistas e atletas. “Isso me motiva a estar aqui como jurada estar analisando a dança de cada uma aqui, porque eu aprendo também, eu vejo como uma troca. É necessário esses eventos aqui, porque traz motivação, estímulo e dá perspectivas para que eles possam ver que o Breaking pode dar futuro para eles, agora no âmbito do esporte. Na cultura sabemos que tem alguns incentivos, devem melhorar os investimentos, mas agora o Breaking no esporte abre portas para que o governo daqui possa investir no cenário sul-mato-grossense, porque tem muitos dançarinos e dançarinas bons aqui”.
Nathana esteve na Liga Breaking em 2018 e comentou que nessa outra vinda percebeu que apesar de ainda haver um maior número de homens, as mulheres estão desbravando espaços nas batalhas também. “A cena em si realmente tem muito mais homens, isso não é só aqui, mas teve um crescimento, em 2018 eu acho que só via uma menina dançar, agora teve mais. O que eu deixo para as meninas é que não desistam. As que querem aprender dançar, tenham a liberdade de chegar em pessoas que já dançam, chegar no Sulla ou em outras pessoas que organizam o Liga Breaking e fala: olha, eu tenho vontade de aprender! Porque mulher também pode fazer. Não é porque eu sou uma mulher ou ela é uma mulher que é inferior, que é uma dança masculina, não é. Assim como o Skate, assim como Surf vem provando coisas totalmente diferentes, que o lugar da mulher é onde ela quer estar. Então se ela quiser dançar Breaking, ela vai dançar, vai conseguir. Eu sei que ainda é uma desconstrução, porque não são todas as garotas que querem quebrar unha, ficar com umas coisas assim (mostra marcas na mão), estragar o cabelo, enfim, é uma desconstrução, mas nada é impossível. A desconstrução começa com a gente, por isso é importante ter mulher no corpo de jurados, ter DJ mulher, porque aí traz estímulo. As meninas nos veem e dizem: então não é uma coisa só para homens. E aí começa a desconstruir essa coisa que vem lá de trás: o breaking é só para homens, DJ só para homens, MC? Só para homem, não! O lugar da mulher é onde ela quiser”, completou.
FRAN KILLA
Bgirl, Grafiteira e Arte Educadora, Fran Killa também foi uma das juradas na edição do Liga Breaking 2023 e revelou que se sentiu valorizada ao ser convidada para ser jurada na Capital sul-mato-grossense. “Eu sempre quis vir aqui no Liga. Conheço o Sulla desde 2014, que ele foi num evento que eu ajudava fazer lá em Sumaré, no interior de São Paulo, ele foi lá no Coreto Hip-Hop, e eu já comecei a ouvir falar dele, do evento dele e da Paty aqui, o Liga Breaking era um movimento da hora no Mato Grosso... Mato Grosso do Sul – a galera cobra – aí que falei: caramba, hoje poder estar aqui sendo jurada desse evento foi muito gratificante. Vê que eles também reconheceram a minha caminhada, porque quando eles me conheceram eu nem breaking dançava e fazer parte dessa história também, um prazer”, revelou.
Ao comentar as performances, a jurada disse que os bboys e bgirls gostam bastante dos movimentos. “Só pela vibração da galera que estava assistindo, eles gostam daqueles especiais. Mas assim como lá em São Paulo está acontecendo, tem uma galera que já está curtindo a música, tendo mais calma, mas deu para ver que a galera gosta muito dos powers, está conectado com esses lados daqui a galera ficava doida quando alguém acertava um movimento mais impactante, mas tem alguns que já estão querendo escutar e curtir a música, então meio que vi essas duas coisas aqui”, disse Fran Killa.
No ano de 2022, Fran Killa foi medalhista de bronze no Campeonato Brasileiro de Breaking-CNDD e devido a essa conquista representou o Brasil no Pré-Pan Americano 2023-WDSF em Santiago no Chile e no Breaking For Gold que ocorreu na cidade de Porto em Portugal. “Meio que sou uma ‘substituta’ da Seleção Brasileira, porque ano passado eu fiquei em terceiro lugar no campeonato brasileiro aí foi desenrolando algumas coisas para mim através do corre do breaking e me levou pela primeira vez para fora do país e também recebo o Bolsa Atleta do governo federal”, contou.
Em razão da sua boa performance, ela também foi uma das convidadas para a final do Red Bull BC One Cypher - Brasil 2023, que aconteceu no Memorial da América Latina em São Paulo.
Fran Killa disse que a batalha pela valorização de ações da Cultura Hip Hop se espalha por interiores em todo Brasil, no entanto, ela considerou que é preciso isistir para que a Cultura continue a mudar realidades e salvar vida. “Eu não sou da Capital de São Paulo, sou do interior e lá também as coisas correm mais devagar e a gente também tem uma luta com o governo para realizar os movimentos da cultura Hip Hop... Esse evento aqui é muito importante porque você viu ali a criança dançando, por exemplo, às vezes é a primeira vez que ela vê o breaking e ela já começa a dançar e se movimentar, já traz muita coisa de volta para a sociedade. É qualidade de vida, cultura, está aprendendo um movimento diferente. Acho que isso precisa ter aqui, ter lá no interiorzinho onde eu moro. Movimenta muito a economia com um evento desse aqui, então acho que as prefeituras, estados, porque cultura é tudo nessa vida”.
DESAFIOS DA LIGA BREAKING 2024
À frente do Liga Breaking a partir deste ano, a produtora Patrícia Maecawa, explicou que a presença do público periférico é sempre forte, mas que para mobilizar outros públicos é necessário que haja crença e participação de esferas sociais na proposta cultural. “O Liga Breaking é um trabalho que a gente deseja de coração que o governo, município, comunicação entendem que é muito importante a participação de todos. Nós nunca fizemos excepção de nenhum órgão, de ninguém. É importante acreditar nesse trabalho da forma que acreditamos, porque esse trabalho tem forte impacto principalmente nos jovens e vemos que as pessoas precisam acreditar também da forma que acreditamos”, prospectou.
Em alta atividade, Patrícia revelou que assim que acaba a programação do Liga Breaking inicia a produção de outros projetos, mas que uma das suas ambições para o ano que vem é chegar a mais pessoas e trazer mais mulheres de forma geral para dentro. “Temos projetos, o 'Liga Elas' vai ser em março, uma batalha de Breaking só para mulheres. Marcamos para o dia 9, um dia após o Dia das Mulheres. Também teremos a Liga Batalha de MC's, a 6ª edição, porque a quinta é no domingo 12 de novembro. A 6ª edição narcamos para julho do ano que vem. E já temos também a data do próximo Liga Breaking, será dia 16 de novembro, usamos essa data para fazer uma comemoração só da luta preta, da cultura Hip Hop”. Confira abaixo a cobertura fotogáfica da Batalha de Breaking realizada no Horto Florestal, no sábado (11.nov.23), durante o Liga Breaking 2023:
Além de Sulla e Patrícia completam a ficha ténica da Liga Breaking 2023 os seguintes profissionais:
DJs:
- Bruna Buh (SP);
- Conrado (SP);
- Danilo (MS).
Apresentadores:
- MC Sulla
- MC Lula.
Fotografia:
- Fotografista
- China Solias (SP);
- Bruna Buh (SP);
- Iasminphoto (GO).
Line Up:
- DUMATO MS;
- Serena (MS);
- Fioramente (MS);
- Cover Michael Jackson (MS);
- Seven Ocean (MS).
Participação especial:
- B.Boy Snake (Old Scholl) MS
- Rapper Clei FDR (MS)
- Yupi Popper (MS)
- Pablo Popper (MS)
- Lincoln Popper/Freshback (MS).
B.Boys Kids:
- Gui/SP
- Ben 10 / GO
- Iuri /MS
- Junior/MS
- Khalil/MT
B.Girl Kids:
- Duda/MS
- Larissa/MS
- Aline/MS
- Lais/MS
2x2 Breaking:
- Anjin e Biel /SP
- Mario e Mauricio/MS
- Matheus e Austar/MS
- Khalil e Herllon/MT
- Widenis e Fabin/MS
- Lamem e Gury / MS-MT
- Kamon e Maik/ DF
- Aline e Saka/MS
- Monge e China /SP
- Diego Bang e Bruna/SP
- Tkl e Toicin/MT
- Michael e Geday/MT